A
cena abre mostrando o refeitório do colégio Esplendor.
Roger e Helen estão sentados à mesa. Música: New Found Glory - My Friends Over You Roger:
Já quis fazer parte da Elite? Helen
(irônica): Claro!
Ter vagas reservadas em estacionamentos de shoppings, mesas vips em
restaurantes, aparecer em programas famosos. Quem não queria? Roger:
Não acho que eles tenham algum desses privilégios não. Helen:
Então não tem nenhum motivo pra eu querer fazer parte de
um grupo que apenas se auto intitulam Elite, quando na verdade
não passam de estudantes bobos e mimados. Roger
(pensativo):
É, também acho que eles não tão com nada!
Credo, Elite, quanta bobeira! Helen
(olhando-o/incrédula): Sei
muito bem. Roger: Mas que
fim levou o Cláudio? Helen: Se
você que é o melhor amigo e estuda na mesma sala
não sabe... Roger: Pera
lá, mocinha. Nós não nascemos grudados! (falando
rápido) Apesar de que, como eu sendo a pilastra que o
impede de desmoronar, seria obrigação dele me contar cada
passo que der. Nesse
instante Cláudio aparece e senta, sorridente. Roger: Posso
saber por onde você esteve? Cláudio:
Por
quê? Nasceu grudado comigo? Helen
começa a rir. Roger balança negativamente a
cabeça. Cláudio sorri e coloca a mão no ombro do
amigo. Cláudio:
Relaxa,
acabei de te escutar (frisando) pilastra! Ele
olha para Helen, ainda sorridente. Ela franze a testa, curiosa. Helen: Qual
é a boa notícia? Cláudio:
Por que
acha que tenho uma boa notícia? Roger: Porque
ontem você estava chorando que nem criança. E carrancudo
como é, demoraria uns três dias para voltar a sorrir. Cláudio:
Antes de
mais nada, eu não chorei ontem. Mas sabe aqueles
momentos em que você se vê perdido e de repente aparece
uma luz no fim do túnel, dando a esperança que as coisas
poderão mudar? Roger
(impaciente): Cláudio,
pelo amor de Deus, conta logo, sem filosofar! Cláudio
(rindo): Calma
apressadinho! (olha para os dois por breves segundos e abre um
largo sorriso) Entrei para o time! Helen
e Roger apenas o encaram sem nada a dizer. Cláudio:
Não
vão dizer nada? Helen: Está
falando sério? Roger
(para Helen): Parabéns,
nova melhor amiga! Por tantos anos, eu tentei transformá-lo em
alguém capaz de contar piadas, e você conseguiu em menos
de uma semana. Eu me rendo!
Cláudio:
Não
estou brincando... (pausa)... Okay, eu estava desanimado, parado
no corredor, pensando na vida, quando de repente me deparo com o
treinador Roma. Ele se aproxima de mim e diz com todas as letras que eu
faço parte do time agora. Helen: Mas como
isso é possível? Roger: Concordo!
Você fez um teste tão ruim, mas tão ruim, que mesmo
se alguém tivesse sido cortado, duvido que seria a primeira
opção. Helen:
Não foi isso que eu quis dizer... Roger: Nem eu!
Tô muito empolgado e falando besteira. Conta aí...
Macumba? Helen
e Cláudio se olham e balançam negativamente a
cabeça. Cláudio:
Enfim,
um dos candidatos que fez o teste comigo, acabou sofrendo um pequeno
acidente no treino, o que resultou na minha entrada, uma vez que eu
seria a (falando alto e frisando para o Roger) primeira
opção do treinador caso alguém fosse cortado! Ele
me disse, com todas as letras! Helen
(feliz): Que
maravilha Cláudio, estou muito feliz por você! Roger
(feliz): Eu
também meu brother, até que enfim vamos nos dar bem! Cláudio
(confuso): Vamos? Roger: Ora,
você entrando para o time, subitamente entra para a Elite e
teoricamente para a parte alta da sociedade Bom Destinence, o que
teoricamente também, como seu melhor amigo e que nasceu grudado
com você, também receberei toda a atenção,
com a diferença que não precisarei me sacrificar jogando (ri).
Mas se quiser, posso pegar alguns pom pons para torcer por
você... (cantando)... Me dê um C, me dê um L,
me dê um A, um U, ... Cláudio
(interrompendo): Calma
aí aproveitador. Está esquecendo de um pequeno detalhe. Roger
(sorrindo): Que
detalhe? O que pode atrapalhar esse momento perfeito? Helen: Shopping,
Léo e seus ratinhos, conselho da Larissa para que ele fique
invisível. Cláudio:
Exato!
Roger
(bufando): Merda!
Por que eu tive que derramar refrigerante na dondoca? Helen: Se
prepara. Como capitão da equipe, ele não vai facilitar
sua vida. Roger
(para Helen): Como a
otimista daqui, você não deveria dizer a ele que tudo
ficará bem? Cláudio:
Mas ela
tem razão, é preciso ter cuidado. Roger
(sorrindo): Okay,
mas isso não impede que comemoremos e façamos um brinde a
esse primeiro milagre! Vamos lá, levantem seus copos! Helen: Não
temos copos, Roger. Roger: Eu vou
buscar refris pra gente. Ele
levanta e sai. Cláudio e Helen se olham, pensativos. Helen: Acho
melhor... Cláudio
(concordando com a cabeça): A gente
ir com ele dessa vez. Eles
sorriem um para o outro, levantam e saem. A câmera permanece na
mesa. Após alguns segundos, a tela escurece.
Casa
de Cláudio. Ele desce a escada apressadamente e para na sala.
Franze a testa e caminha até chegar na cozinha. Vai até a
geladeira e novamente franze a testa. Cláudio:
Nenhum
bilhete dessa vez? Estranho. Ele
fica pensativo e demonstra preocupação na face. Praça
da cidade, é noite. Vários jovens estão no local.
A câmera passeia, mostrando o movimento. Alguns estão
conversando, outros bebendo, casais se beijando. Corta para perto de
uma árvore. A turma da Elite está lá. Música:
Corinne Bailey Rae - Put Your Records On Felipe: Falei
com o treinador, parece que o maluco lá foi mesmo cortado. Pior
que nem o nome dele eu fiquei sabendo. Gil: Que
má sorte desgraçada! É o terceiro ano que o vejo
tentar e quando finalmente consegue, se machuca. Amanda:
Tadinho, ele era tão gatinho! Larissa: Ele
não morreu, assanhadinha. Amanda: Mas agora não faz mais sentido flertar com o novato do time se ele foi cortado. Gil: Vai ter
outro teste ou fica por isso mesmo? Léo:
Conhecendo o velho xarope, amanhã ele deve apresentar o novo
jogador. Amanda
(animada): Mesmo?
Será que é bonito? Gil
(falando baixo): Essa
aí já deu pra tanta gente, que tá
desesperada por carne fresca. Amanda
(séria): Disse
alguma coisa, Gil? Fala alto se for homem! Gil: Eu
disse que você já... Larissa
(interrompendo/puxando Amanda): Vem na
lanchonete comigo? Estou morrendo de fome e preciso muito de seus
conselhos. Ela
tira Amanda de cena. Felipe e Léo olham com
reprovação para Gil. Felipe: Cara,
qual o seu problema? Gil: O que
foi? A
câmera gira, mostrando Cláudio, Helen e Roger caminhando
pela mesma praça. Cont-
Corinne Bailey Rae - Put Your Records On Roger: Já
parou pra pensar que a partir de amanhã também seremos
grandes atrações neste lugar? Cláudio
(falando baixo para Helen): E ele
continua se auto incluindo no suposto benefício que eu terei. Helen:
Você disse que a mãe dele teve uma gestação
complicada. Conte-me mais a respeito. Roger: Eu ouvi
isso. Helen
e Cláudio sentam num banco. Roger permanece em pé, de
frente para eles. Cláudio:
Não será tão rápido como você pensa,
meu amigo. Roger: Mas
você não vai desistir se tipo, ninguém passar a
bola pra você ou o Léo te derrubar cada vez que chegar
perto, certo? A não ser que eles tentem te causar uma
lesão séria de propósito. Aí é pra
se preocupar mesmo. Cláudio
abre a boca para falar, mas para e fica pensativo por alguns segundos.
Helen lança um olhar de reprovação para Roger que
acena com a cabeça. Helen:
Ninguém vai tentar quebra-lo de propósito. E mesmo que te
ignorem, você vai continuar dando o seu melhor. E não se
esqueça que o sabor da vitória é sempre mais
gostoso quando há obstáculos. Roger:
Verdade! Foi exatamente o que eu quis dizer. Roger
faz um sinal de positivo para Helen e pisca. Ela balança a
cabeça em sinal de negativo. Cláudio a olha com
admiração. Cláudio:
Você
só tem quinze anos mesmo? Parece tão mais madura. Helen
(sorrindo): Querido,
maturidade não tem nada a ver com idade. Se fosse assim,
ninguém diria que o Roger tem mais que dez. Roger
abaixa a cabeça e faz beiço. Helen o olha com pena,
levanta e o abraça. Helen: Ô
dó! (beija o rosto dele) Você sabe que eu te adoro
né? Roger
(sorrindo e olhando para Cláudio): Eu
não disse para nunca subestimar o poder do beiço? Cláudio
sorri. Helen ainda
abraçada a Roger, começa a dizer algo. O som aumenta e
encobre o que é dito. A imagem começa a subir e
mostrar o ambiente numa visão aérea. Após alguns
segundos, a tela escurece. Abre
no quarto de Silvia. Ela está sentada na cama, lendo um livro. A
porta está aberta e podemos ver Cláudio passando pelo
corredor. Segundos depois, ele volta e entra no quarto. Cláudio:
Hey,
mãe! Silvia
(abaixando o livro): Onde
você esteve a noite toda? Da próxima vez me liga, fiquei
preocupada. Cláudio:
Eu
tentei ligar, mas seu celular não atende. Silvia: Desculpa,
eu vivo esquecendo o celular desligado, não sei onde ando com a
cabeça. (sorri) Bom, está absolvido... Dessa vez. Cláudio:
Ou,
deixa desligado de propósito? Silvia
o olha com desconfiança. Silvia: Okay,
não gostei deste seu tom de desconfiança. O que
está acontecendo? Cláudio:
Eu que
pergunto. Pra onde você tem ido todos os dias? Nunca te vi saindo
tanto. Silvia: Meu
amor, seu pai e eu acabamos de nos separar. É normal que eu
queira sair um pouco deste ambiente pra espairecer. Cláudio:
O dia
inteiro? Tem certeza que é só isso? Silvia: Pra que
eu iria mentir? Cláudio
fica pensativo por alguns instantes, desconfiado. Segundos depois,
sorri. Cláudio:
Tá
bom, não vou insistir nessa conversa. Acredito em você.
Mas se estivesse acontecendo qualquer outra coisa você me
contaria, certo? Silvia
(sorrindo): Tipo, um
novo homem? Cláudio
(fazendo careta): Jesus!
Não! (pausa) Não que eu pense que você
tenha que ficar sem qualquer relacionamento pelo resto da vida, mas... Silvia
(rindo/interrompendo): Estou
brincando, ciumento! A única pessoa do sexo masculino que
pretendo me preocupar durante um bom tempo, é você, apenas
você. Cláudio
(sorrindo): Muito
bom! E eu prometo te dar trabalho de vez em quando para que sinta-se
mais viva. Silvia
(sorrindo):
Não vejo a hora de ser chamada na diretoria. Cláudio
sorri, se aproxima e beija a testa da mãe. Cláudio:
Boa
noite. Silvia
(sorrindo): Boa noite, meu amor. Música
Instrumental Ele
vira e sai. A câmera se aproxima do rosto de Silvia, seu sorriso
dá lugar a uma expressão séria, de culpa. A
imagem começa a transparecer, até dar lugar ao céu
estrelado. Aos poucos começa a amanhecer. Música:
Mainstay - Take Away Frente
do colégio. Corta para o refeitório, precisamente na
tradicional mesa da Elite. Larissa:
Já sabem com quem será o primeiro jogo? Léo: Contra
aqueles perebas do Santa Maria. Gil:
Goleamos ano passado, retrasado e este ano não será diferente. Felipe: Ouvi
dizer por aí que deram muitas bolsas de estudos este ano só pra reforçar o time. Léo:
Não sei por que se preocupam tanto com os adversários,
quando eles que deveriam se preocupar com a gente. Amanda:
É daquele colégio que só tem filés? Todos
em volta começam a vaiar. Amanda faz caretas para eles. Amanda: Seus
moralistas dos infernos! Qual o problema achar bonito? Felipe:
Não é essa a questão, cabeçudinha! Mas por
ser jogador de time adversário. Amanda
(rindo): Como se
eu me importasse com essa idolatria que vocês têm por
futebol. Não vou deixar de pegar alguém porque joga em
outro time, me poupe. Léo: Deixa
ela aproveitar. Quem sabe dá uma canseira neles antes do jogo. Amanda: Viram
só? Escutem o líder de vocês! Todos
começam a rir, menos Gil, que olha sério para Amanda. Em
segunda cutuca Léo. Gil: Mas tem
um time sim que me preocupa... Léo: Quase
metade dos que foram campeões, se formaram. Estão
montando outra equipe quase do zero. Diferente da gente, que manteve a
base. Felipe: Mas
sabe como funciona esse lance de rivalidades, nunca há um
favorito. Léo
(bufando): Pra que
vamos entrar no campeonato se vocês já estão
se borrando? Não se preocupem mocinhas, eu vou dar o
título pra gente ou não me chamo Leonardo. Amanda: E se
não acontecer, você pode mudar de nome, ou repetir de ano
outra vez. Todos
começam a rir. Léo faz sinal de corte no pescoço
para Amanda. Ela retribui com caretas. Larissa o abraça. Larissa:
Não liga pra essa boba... (o beija) Me pega às
sete? Léo
(sorrindo): Dez pra
sete estarei lá. Ela
sorri e o beija. A câmera gira para a mesa em que Cláudio
e Helen estão. Cláudio parece tenso. Cláudio: A
ansiedade está começando a bater forte. Helen
(segurando na mão dele): Relaxa!
Vai dar tudo certo! Cláudio
suspira, ainda tenso. Roger aparece, trazendo três copinhos de
sovertes. Cont-
Mainstay - Take Away Roger: Aqui
está, papaia para a Helenzinha, morango pra mim e chocolate para
o Gladiador. Cláudio
(pegando o sorvete):
Obrigado, maninho. Roger:
Está muito ansioso? Eu no seu lugar, qualquer coisa que
colocasse no estomago, teria que ir imediatamente ao banheiro. Cláudio
(pensativo):
Pensando bem, vou deixar o sorvete pra outra hora. Roger: Imagina
a cara do Léo e do restante da gangue quando te virem entrando
na quadra. (ri). Helen
(repreendendo-o): Roger! Roger
(desatento): O
quê? Cláudio
(respirando fundo): Passei
a noite inteira pensando nisso. E se meu nervosismo sobrepor o bom
futebol? Roger: Uma
primeira impressão dentro da quadra é primordial! Ainda
mais porque o líder da galera pode muito bem te anular. Close
no pé de Helen que chuta a canela de Roger. Roger
(gemendo): Aiai!
É desse jeito que você agradece meus mimos? Helen
(para Cláudio): Não dê importância ao que ele está dizendo! Feche os olhos, respire fundo... Roger
(rindo): Por
favor! Essas coisas de meditação não... Helen
(interrompendo/nervosa): O
próximo chute não vai ser na canela! Roger
fica pensativo por alguns segundos, em seguida faz sinal de
zíper na boca. Cláudio começa a rir. O som aumenta
e toma conta da cena. Fica assim por alguns instantes, até que a
tela escurecer. Cozinha
da casa da Helen. Helen está lavando alguns pratos na pia. Rosa
está atrás, sentada à mesa. Rosa: Helen,
vá descansar um pouco, desde que chegou não para de
arrumar a casa. Helen: Falta
pouco vovó. Rosa
se aproxima e tira o prato da mão dela. Rosa:
Você acha que eu fico o dia inteiro fazendo o quê? Eu
termino e a senhorita vá fazer sua lição de casa.
Helen
sorri para ela e a beija. Helen: Sabia
que eu te amo muito, muito, muito e muito, muito, muito mesmo? Rosa
(sorrindo): Claro
que sei... E você sabe que eu te amo muito mais? Só
não entendi essa declaração repentina. Helen: Me deu
vontade de ser grata e demonstrar mais o meu amor pela senhora (senta
à mesa) A vida é curta, sabe? Rosa: Pronto,
ela praticamente acabou de me colocar num caixão... Helen
(rindo):
Não foi isso que eu quis dizer. É que a senhora se doa
tanto por mim, faz três papeis ao mesmo tempo, de vó,
mãe, pai... Às vezes eu acho que não estou
retribuindo tanto quanto deveria. Rosa:
Só de acordar e contemplar esse rosto lindo todas as
manhãs, já é mais do que suficiente para mim!
Você é o presente que Deus me concedeu, a oportunidade que
Ele me deu para voltar a sorrir. Helen
(um pouco entristecida): Sabe,
eu não queria pensar nisso, não queria mesmo. Mas de vez
em quando sempre vem aquela ideia de que foi tudo culpa minha. De que
se não fosse por minha causa, meus pais ainda estariam vivos. Rosa
(repreendendo-a): Jamais
repita uma coisa dessas! (puxa a cadeira e senta de frente para
ela) Você não teve culpa do que aconteceu! Foi um
acidente. Helen:
Mas foi por causa do parto repentino que meu pai teve que correr tanto
com o carro. (suspira) E pensar que ela chegou viva no
hospital, só pra morrer ao me dar à luz. Os
olhos de Rosa se enchem de lágrimas e seus lábios
começam a tremer. Ela pega a mão de Helen e segura forte.
Rosa: Presta
atenção numa coisa! Eu não quero que nunca mais
cogite a possibilidade de que tudo o que aconteceu foi culpa sua.
Não tem um dia na minha vida, que não agradeça a
Deus por você estar aqui. Não tem felicidade maior do que
ver esse sorriso lindo, me chamando de vovó. Ela
passa a mão no rosto de Helen, que retribui com um sorriso
meigo. Rosa:
Você sabe que eu não conheci muito bem sua mãe. Mas
seu pai, desde o momento em que soube que estava vindo ao mundo, ele te
amou intensamente. Aonde quer que ele esteja lá em cima, tenho
certeza que ficaria arrasado se soubesse que pensa desse jeito. Helen:
Desculpa vovó, eu não quis te deixar triste com isso... Rosa: Eu sei
que não é fácil pra você, meu amor. Mas
nunca mais se lamente por estar aqui, okay? Helen
(sorrindo):
Tá bom. Rosa
(incrédula): Promete? Helen
(beijando a mão de Rosa): Prometo. Rosa:
Ótimo, agora vá descansar um pouco que eu cuido do resto por aqui. Helen
acena com a cabeça, sorri, levanta e sai. A câmera foca no
rosto de Rosa que fica pensativa. Após alguns instantes, ela
olha para o lado, mostrando certo nervosismo. Ginásio
do Colégio. Léo e os outros jogadores estão se
aquecendo no meio da quadra. Cláudio aparece no corredor, com
vestes de jogador. Ele carrega uma bolsa e entra na quadra. Os rapazes
se olham, estranhando. Música: Lifehouse - Hanging By A Moment Cláudio
coloca a bolsa em cima do banco de reservas e começa a se
alongar. Léo e os demais se aproximam dele. Léo: Hei, whatahell... Não te avisaram
que neste horário a quadra é restrita? Cláudio
não responde e continua se alongando. Léo se aproxima
ainda mais. Léo
(em tom ameaçador):
Está surdo? Nesse
instante ouve-se o apito de Roma. Corta para ele se aproximando dos
jogadores. Roma
(para Cláudio):
Já está se enturmando? Léo: O que
está acontecendo aqui? Roma: Bom,
como todos já sabem, perdemos um jogador para o restante da
temporada e o estatuto me obriga repor esse lugar que ficaria vago,
portanto... Léo
imediatamente olha com incredulidade para Cláudio, que retribui
com um sorriso provocativo. Roma
(colocando a mão no ombro de Cláudio):
Conheçam o mais novo Gladiador. Cláudio
acena com a cabeça para os que estão à sua volta.
Todos o olham sem reação. Roma
(apitando): Mas
agora chega de papo furado (apita) Quinze voltas para aquecer!
Vamos, vamos, vamos! Os
rapazes se deslocam e começam a correr devagar. Léo ainda
parado se aproxima devagar de Cláudio. Léo:
Você
devia ter ficado na sua, quase invisível. (em tom de
ameaça) Mas seja bem-vindo ao inferno. Eles
se encaram por alguns instantes. Em seguida, Léo vira e
começa a correr com os demais. Close no rosto de Cláudio,
que se mostra um pouco preocupado. A câmera muda para um plano
aéreo. Cláudio começa a correr em
direção ao bloco de jogadores. Lentamente
a tela escurece.
Créditos
Finais: Criado e Escrito por: Thiago Monteiro Música Tema: Switchfoot -
Meant To Live Trilha Sonora: New Found Glory - My Friends Over You Corinne Bailey Rae - Put Your Records On Música:
Mainstay - Take Away Lifehouse -
Hanging By A Moment |