Tela preta. Som da torcida. Abre mostrando o ginásio lotado. Roma dá instruções aos jogadores que estão próximos a ele, formando uma meia lua perto do banco de reservas.

 

Roma: Comecem a improvisar porque o esquema não tá funcionando. Agora é tudo ou nada. Léo, fique plantado na frente. Abriu, chuta!

 

Léo (para os jogadores): Me cubram lá atrás...

 

Roma: Bola no chão, sem rifadas... (bate palmas) Vamos lá, Gladiadores no três... Um, dois...

 

Jogadores (com as mãos em cima das outras): Gladiadores!

 

Os titulares correm para o centro da quadra. Roma, visivelmente nervoso, enxuga o rosto com uma toalha. Close em Cláudio sentado no banco.

 

Ouve-se o apito do juiz e o jogo tem seu reinicio. Felipe está com bola... Ele toca para Gil que dribla um adversário e toca para Léo. Léo passa por dois rapazes e chuta sorrateiramente no canto esquerdo do gol. A bola entra.

 

A torcida começa a pular e comemorar. Léo segura a bola com as mãos e corre até o meio da quadra para que se reinicie mais rapidamente. A imagem sobe e mostra o placar “Gladiadores 1x1 Visitantes”.

 

Corta para Helen e Roger na arquibancada.

 

Helen: Por favor, por favor, por favor, coloca o Cláudio.

 

Roger: Confie em mim, numa etapa dessas, a última coisa que ele vai querer é entrar agora no meio dessa fogueira.

 

Close no goleiro dos Gladiadores espalmando a bola para fora. Roma se desespera no banco. Ele fica pensativo por alguns segundos, depois olha para Cláudio e vai até ele.

 

Roma: Levanta e se aqueça, rápido!

 

Cláudio (surpreso): Tem certeza? 

 

Roma lança um olhar furioso a ele, que levanta rapidamente e começa a se alongar. A câmera se desloca para Helen e Roger novamente.

 

Helen (feliz): Ele vai entrar!

 

Roger (ansioso): É... Vai mesmo!

 

Volta para dentro da quadra. Cláudio recebe instruções de Roma, enquanto um jogador vem em sua direção para ser substituído. Cláudio entra e vai até os demais (Léo, Felipe e Gil).

 

Cláudio: Atenção, o treinador mandou...

 

Léo (interrompendo): Apenas... Passem a bola pra mim.

 

Os rapazes se distribuem em quadra, deixando Cláudio sozinho. O jogo reinicia. Gil toca a boa para Léo. Cláudio desmarcado levanta os braços, pedindo o passe, mas Léo ignora tentando tocar para Felipe. O adversário toma a bola. Close em Roma que joga uma garrafa de água no chão.

 

O adversário está com a bola. Cláudio consegue pegar e começa a correr em direção ao gol. Ele fica frente a frente com o goleiro e chuta. A câmera mostra a trajetória da bola que sobe e passa muito longe do travessão. Léo aparece ao lado dele.

 

Léo: Bela jogada, imbecil.

 

Cláudio balança a cabeça frustrado e corre. Corta para vários takes do jogo:

 

- Cláudio tentando tocar para Gil, mas com passe mal feito e o adversário recuperando.

- Cláudio tentando driblar um rapaz, mas caindo sem conseguir passar.

- Cláudio tentando matar a bola, mas totalmente sem jeito.

- Vários cortes dele chutando em gol e todas passando longe do objetivo.

 

Ele perde a bola no ataque e o adversário lança pra frente, deixando o companheiro frente a frente com o goleiro dos Gladiadores. Ele chuta, mas o goleiro espalma pra frente. Léo recupera e dribla um rapaz, dribla outro e chuta em gol. A bola entra. Imediatamente os jogadores correm para abraça-lo.

 

Corta para Roma comemorando junto aos jogadores reservas. Close em Cláudio sozinho, desanimado.

 

O jogo tem seu reinicio, mas o juiz apita o final. Os Gladiadores correm e comemoram junto à torcida que invade a quadra. Cláudio caminha de cabeça baixa entre a multidão até a porta do vestiário. Da arquibancada, vemos Helen e Roger sentados e quietos. Eles se olham por breves segundos e novamente temos a visão da quadra.

 

A tela escurece lentamente.

 

 

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Abre mostrando Cláudio sentado num banco do vestiário, sozinho. Ouve-se alguns passos, segundos depois Léo aparece e vai em direção a um armário. Ele abre a porta, pensa por alguns instantes e começa a rir.

 

Léo (rindo): O que foi aquilo? Preciso confessar, por muito pouco não senti uma pontinha de pena de te ver fazendo esse papelão frente toda a escola.

 

Cláudio não responde e fecha os olhos. Léo se aproxima um pouco.

 

Léo: Com toda aquela pompa de “pagar pra ver”, pensei que pelo menos jogaria de forma razoável. Mas meu pai, que coisa desastrosa (ri).

 

Cláudio continua de olhos fechados e sem responder. Léo se abaixa e fica de frente para ele.

 

Léo: E sabe qual é a melhor parte disso tudo? Eu não vou mais precisar mover um dedo pra te destruir, já que fez isso sozinho. 

 

Cláudio ainda não responde, mas o encara com bastante fúria nos olhos.

 

Léo: Presta atenção de uma vez por todas. Este é o meu reinado, o meu momento e ninguém, ninguém, vai tirar isso de mim. 

 

Léo sorri para ele, levanta e sai. Cláudio também levanta, caminha passos curtos pelo local, respira ofegante e dá um murro no armário. A câmera se afasta lentamente, enquanto um som instrumental lento toma conta da cena.

 

 

Casa de Larissa. Amanda está deitada na cama, folheando uma revista, enquanto Larissa está frente ao espelho, experimentando um vestido. Segundos depois começa a rir.

 

Amanda: Qual é a graça?

 

Larissa (rindo): O meu ‘stalker’ da rua de trás... Que vergonha!

 

Amanda: Não é? Foi um desastre mesmo. Imagino como ele deve estar se sentindo agora. 

 

Larissa: É como eu sempre digo, escolha cuidadosamente com quem você anda. Imagine se eu tivesse te apoiado naquela paranoia de ser amiga do tal do Roger? Seria engraçado te ver jundando a consolar o melhor amigo enquanto todos riem.

 

Amanda: Você é perversa, mas até que tem certa razão. 

 

Larissa (se olhando no espelho): Em contrapartida, olha o meu gatinho... Cada vez mais idolatrado. 

 

Amanda (irônica): Ai esse amor puro, genuíno e sem nenhum interesse. Tão inspirador!

 

Larissa (ainda no espelho e sorrindo maliciosamente): Não vou desgrudar dele na festa da vitória.

 

Amanda: Isso se você não começar a ingerir álcool, o que eu acho muito improvável que não aconteça. 

 

Larissa se vira para ela e ataca um urso de pelúcia. Amanda começa a rir. Larissa também.

 

 

Lanchonete. Vemos uma mão fazendo carinho em outra. A imagem sobe e mostra o rosto de Cláudio e em seguida o de Helen. Ela o olha com pesar.

 

Música: CreedMy Ow Prison

 

Helen: Me aperta o coração te ver assim.

 

Cláudio (abatido): Fiz papel de trouxa pro colégio inteiro.

 

Helen: Sinto muitíssimo mesmo por não ter dado certo hoje. Mas não me arrependo de ter insistido pra você ficar. Foi só o primeiro jogo, era mais do normal que sentisse a estreia. O Léo, por exemplo, na primeira vez que jogou, o técnico até o substituiu.

 

Cláudio (olhando seriamente para ela): Na primeira vez que ele jogou, fez cinco gols, deu três assistências e só foi substituído porque o jogador adversário prometeu quebrar a perna dele. Situação quase idêntica com a minha (ironiza).

 

Helen: Pensei que você nem se lembraria, desculpe. A verdade é que não sei o que dizer além dos mesmos clichês que as pessoas costumam dizer quando alguém está mal.

 

Cláudio (sorrindo levemente): Não importa. Só de estar aqui tentando me levantar, já conta bastante.

 

Helen (sorrindo): Mas eu queria poder fazer muito mais. (pausa) Olha só, eu prometo que você irá superar isso.

 

Cláudio: Não cabe a mim prometer tal coisa?

 

Helen: Verdade! Promete?

 

Cláudio: Não estou em condições no momento. 

 

Helen: Okay... Então vou continuar prometendo por você. E só há um jeito de fugir disso...

 

Cláudio: Que seria?

 

Helen: Me matando!

 

Cláudio não resiste e ri. Helen aproxima a cadeira e beija o rosto dele, dando-lhe um forte abraço em seguida. Cláudio fecha os olhos, sorrindo. 

 

 

Quarto de Larissa. Ela está deitada de bruços na cama, com os pés pra cima, falando ao celular.

 

Larissa: Claro, as oito pra mim está ótimo (sorri). Mas vê se seja pontual dessa vez, não quero ter outra surpresa desagradável com o vizinho. Se bem que depois de hoje... (começa rir) Não é?

 

Ouve-se três batidos na porta. Segundos depois, Jonatas aparece.

 

Larissa (ainda ao celular): Espera só um segundo... (olha para Jonatas) Quem te deu ordens pra entrar no meu quarto sem bater?

 

Jonatas: Eu bati, você que não ouviu.

 

Um breve silêncio toma conta do ambiente. 

 

Larissa: Então?

 

Jonatas (sorrindo): Eu vou sair pra comer alguma coisa e depois pegar um cineminha. Quer ir também?

 

Larissa: Aham, o dia que eu sentar no mesmo ambiente que você pra assistir qualquer coisa, manda me internar. 

 

Ela vira o rosto pra frente, pronta pra voltar a falar no celular, mas percebe que Jonatas ainda está no quarto.

 

Larissa: Vai ficar plantado aí?

 

Jonatas (chateado): Não. Desculpa.

 

Ele sai do quarto e fecha a porta. Larissa volta a colocar o aparelho no ouvido.

 

Larissa: Perdão... (pausa)... Não, era o palhaço que é casado com minha mãe. Ninguém importante.

 

A câmera se move e atravessa a parede, mostrando Jonatas próximo à porta. Ele fecha a cara. 

 

 

Casa de Cláudio. Cláudio caminha pelo corredor da parte de cima até chegar no quarto de Silvia, batendo na porta me seguida. 

 

Cláudio: Mãe?

 

Bate outa vez e espera alguns segundos. Abre e corta para o quarto vazio. Ele entra, senta na cama e fica bastante pensativo. Olha pra frente e vai até o guarda-roupas, abrindo-o. Se ajoelha e começa a abrir as gavetas, remexendo as peças de roupas. Na última gaveta, após tirar algumas meias, ele avista um envelope branco e franze a testa. Senta no chão e abre o envelope, franzindo ainda mais a testa.

 

Cláudio: Mas o que é isso?

 

Sua expressão demonstra um grande ar de preocupação. Ele olha pra frente e depois novamente para a folha do envelope. A tela escurece.

 

 

Abre com Larissa descendo a escada de sua casa. Na sala, Jonatas está sentado no sofá, lendo jornal. Ele avista Larissa descendo o último degrau a vai até ela.

 

Jonatas: Vai sair?

 

Larissa não responde e abre a porta.

 

Jonatas: Você poderia chegar antes das onze, por favor? Não quero preocupar sua mãe. 

 

Larissa (virando-se para ele e sorrindo): Sim, claro. Daqui uma hora já estou de volta.

 

Jonatas (sorrindo): Mesmo?

 

Larissa imediatamente para de sorrir e Jonatas percebe o sarcasmo da garota. Ela se vira novamente e mais uma vez Jonatas insiste.

 

Jonatas: Larissa, não estou de brincadeira!

 

Larissa (virando-se novamente para ele): O que está acontecendo aqui? Desde quando você acha que pode impor regras sobre quando eu devo chegar em casa?

 

Jonatas: Desde que sua mãe está viajando e eu sou o responsável legal por você.

 

Larissa: Esquece. Você não é meu pai.

 

Novamente ela vira para sair, mas Jonatas se antecipa rapidamente, fechando a porta.

 

Larissa (nervosa): Mas que merda! Sai da minha frente!

 

Jonatas: Posso não ser seu pai, mas o mínimo que exijo é um pouco de respeito. Estou cansado do jeito que você me ignora, do jeito mal educado que fala com sua mãe. Quantas vezes ela te disse que não quer que você chegue em casa tarde da noite?

 

Larissa: Está bem. Então não vou dormir aqui, satisfeito?

 

Ela tenta sair, mas ele continua parado na frente.

 

Larissa (nervosa): O que mais você quer?

 

Jonatas: Sabe de uma coisa? Vou fazer algo que sua mãe já deveria ter feito há muito tempo.

 

Larissa (sorrindo): Me bater?

 

Jonatas: Te colocar de castigo! Não vai sair esta noite.

 

Larissa (bufando): Hoje só pode ser dia do palhaço. (olha para ele) Olha, tá, quer que eu volte mais cedo, eu volto. Apenas saia da minha frente.

 

Jonatas: Minha decisão já está tomada. Está na hora de crescer, mocinha. Chega desse negócio de rebeldezinha sem causa. Tem ideia do quanto está machucando sua mãe?

 

Larissa: Mais uma vez, você não é meu pai. Não tente agir como tal. Qualquer tentativa de sermão da sua parte, vai entrar por um ouvido e sair por outro.

 

Jonatas: Você pode ter razão nessa parte. Mas você mora na minha casa! As roupas que você compra, sou eu que pago. O celular, relógio, o colégio, todas as despesas vêm do meu bolso. Então desça um pouquinho do trono, porque você é totalmente dependente de mim.

 

Ele tranca a porta e tira a chave.

 

Jonatas: E está mais do que na hora de fazer valer um pouco da minha autoridade.  

 

Ele puxa a bolsa da garota do ombro e começa a remexer.

 

Larissa (nervosa/indignada): Hei!! Devolve minha bolsa!

 

Ele tira um jogo de chaves de dentro e mostra para ela, sorrindo.

 

Jonatas: A porta do fundo já está trancada. Pelo menos hoje, não tem como sair. A não ser que tente pular da janela, o que eu não faria, pois seria uma pena ter ver passar o resto do ano com algum gesso no corpo. 

 

Larissa fica completamente sem reação. Jonatas passa por ela e volta à sala.

 

Jonatas: Estou cortando a internet por hoje também.

 

Larissa (incrédula): Eu não posso acreditar no que está acontecendo.

 

Ouve-se tocar o interfone. Larissa olha na direção do local e corre até ele, mas Jonatas consegue se antecipar novamente.

 

Jonatas: Pois não? (pausa) Sim... Diz pra ele que ela não vai poder sair esta noite. Castigo por malcriação.

 

 Larissa (furiosa): Tinha que contar a última parte? 

 

Jonatas (sorrindo): Ops, escapou!

 

Larissa (gritando): Eu odeio você! Odeio essa família!

 

Jonatas: É uma pena, porque nós te amamos muito... E espero que um dia reconheça isso.

 

Larissa não responde e vai até a escada, furiosa, batendo forte os pés enquanto sobe a escada. Close no rosto de Jonatas que sorri vitorioso.

 

 

Quarto de Larissa. Ela está sentada na cama, falando ao celular.

 

Larissa:  Avisa o Léo que eu vou chegar mais tarde. Aí depois que a festa acabar, vou dormir na sua casa, tá bom? (pausa e revira os olhos) É claro que vou, Amanda. Só o fato dele tirar a internet, mas me manter com o celular, já prova que é meio tapado. Eu vou dar jeito de sair daqui. (pausa) Beijos.

 

Ela desliga o celular e olha pra porta. A imagem se aproxima e começa a transparecer, indicando uma passagem de tempo. Close nos pés descalços de Larissa, caminhando pelas pontas para não fazer barulho. A imagem sobe e mostra ela abrindo uma porta com bastante cuidado.

 

Corta para dentro. Jonatas está dentado na cama, dormindo de frente, de forma tranquila. Vemos uma mesinha do abajur e uma mão abrindo a gaveta bem devagar. A imagem sobe e vemos Larissa que observa o padrasto enquanto mexe na gaveta. Ela sorri e a câmera dá um close num jogo de chaves na mão dela. Ela fecha a gaveta e sai com cuidado, fechando a porta em seguida.

 

Larissa (sorrindo e falando baixo): Idiota!

 

Ela começa a andar rapidamente pelo corredor.

 

 

Visão aérea da mansão do Felipe. O local está cheio de jovens. Vemos alguns takes rápidos do jardim, onde algumas pessoas dançam, correm atrás dos outros, se beijam. Outras várias pessoas com ultrajes de banho estão na piscina ou em volta dela.

 

Música: My Chemical Romance – To The End

 

Corta para a cozinha. A câmera dá um close numa perna enfaixada e em seguida sobe mostrando se tratar de Felipe. Gil está ao seu lado, ambos com latas de cervejas nas mãos.

 

Gil: Não acredito que o Roma não percebeu que estava contundido.

 

Felipe: E você acha que eu ia arriscar ser substituído? Imagina se o bobão lá tivesse jogado bem?

 

Gil: É verdade. O careca é louco pra colocar alguém no nosso lugar,  sorte  que o novato cavou a saída.

Felipe(levantando a latinha): Ao novato. 

 

Gil: Ao novato. 

Ambos riem e batem suas latinhas. A câmera gira rapidamente e sai da casa, mostrando a entrada. Larissa passa pelo portão e olha para algumas pessoas. Elas sorriem ao vê-la e ela as cumprimenta com a cabeça. Amanda se aproxima dela, notavelmente bêbada.

 

Amanda (alta/feliz): E não é que conseguiu escapar mesmo, sua danadinha? Precisa me ensinar alguns truques (pensativa) Mas pera aí, ninguém liga se eu saio ou chego em casa de tarde da noite. (para de sorrir) O que é triste, muito triste.

 

Larissa (sorrindo): Okay, bebunzinha. Avisou o Léo que eu estava chegando?

 

Amanda (rindo): Avisei sim (pensativa) Ou não? Sabe que agora não consigo me lembrar? Não conta pra ninguém, mas embaixo da mesa do minibar, os pais do Felipe escondem umas garrafas de whisky importados.

 

Larissa (revirando os olhos): Vê se manera um pouquinho na bebida.

 

Ela começa a caminhar. Amanda fica parada, acompanhando-a apenas com os olhos.

 

Amanda: Pode deixar, senhorita responsabilidade! (falando alto) Eu queria que meus pais me colocassem de castigo!

 

Rapaz (sorrindo): Eu posso te colocar de castigo, se quiser!

 

Amanda sorri e se atira nos braços do rapaz.

 

 

Parte interna da casa. Larissa puxa um garoto e fala alto ao ouvido dele por causa do som.

 

Cont- My Chemical Romance – To The End

 

Larissa: Você viu o Léo por aí?

 

Rapaz: Eu vi ele subindo... Mas não vi ele descendo (começa a rir).

 

Ela revira os olhos, o empurra e olha para cima. Close na escada por alguns segundos. 

 

Corredor. Larissa caminha e observa várias portas. Ela olha para uma que está meio aberta e através da sua visão vemos um casal na cama, se beijando e tirando algumas peças de roupas. Ela continua caminhando e abre outra porta. Close no quarto vazio. Ela continua e abre mais uma porta. Nela ouvimos alguns gemidos e rapidamente Larissa fecha.

 

Larissa: Por isso que a internet está lotada de pornografia caseira, custa trancar a porta?

 

Ela se aproxima de outra porta. Segura na fechadura e respira fundo.

 

Larissa: Por favor, que não seja uma grande orgia!

 

Ela abre a porta a cena muda rapidamente para um casal se beijando na cama. A garota está com as costas despida, sentada de frente para o garoto. Larissa franze a testa e segundos depois arregala os olhos

 

Close em Léo beijando o pescoço da garota e parando ao avistar Larissa. Ele fica em transe. Corta para o rosto de Larissa que furiosa sai do quarto. Léo rapidamente empurra a garota que estava com ele.

 

Garota (sem entender): O que foi?

 

Léo (vestindo rapidamente a camisa): Se perguntarem, diz que eu estava bêbado.

 

Corta para o lado de fora. Larissa caminha rapidamente em direção à saída, com os olhos lacrimejando. Léo vem correndo logo atrás, alcançando-a.

 

Léo: Larissa, espera!

 

Ele segura o braço dela, virando-a. Imediatamente Larissa acerta um tapa no rosto dele.

 

Larissa (furiosa): O quê? Vai dizer que não é nada disso que eu estou pensando?

 

Léo: Ouça, me desculpe... Eu... (se aproxima).

 

Larissa (empurrando-o/nervosa): Não me venha colocar a culpa na merda da bebida também! E nenhum pedido de desculpas vai mudar o que estou sentindo agora!

 

Léo (sem saber o que dizer): Vamos conversar!

 

Larissa (rindo de nervoso): Conversar. (pausa) Vá satisfazer aquela piranha e fique longe de mim.

 

Ela se vira e começa a andar, passando pelo portão. A câmera se aproxima do rosto de Léo que fecha a cara.

 

Léo (nervoso): Droga!

 

Ele olha para o lado e algumas pessoas observavam a cena.

 

Léo: Perderam alguma coisa? 

 

Ele vira e começa a andar em direção à entrada da casa. A câmera muda para um ângulo aéreo. Após alguns segundos, a tela escurece.

 

 

Abre mostrando alguns pontos da cidade, até transparecer para Cláudio sozinho no parque do condomínio.

 

Música: Gavin DeGraw - Belief

 

Seu rosto está bastante expressivo, olhando para longe. Frisa essa imagem por alguns instantes. O vente bate, mexendo seus cabelos. Atrás dele, ouvimos alguns passos e a forma desfocada de uma pessoa parando perto dele. Ele vira na direção da pessoa e franze a testa, surpreso. Close no rosto de Larissa. Ele dá alguns passos em direção a ela, que não o encara, abaixando o olhar.

 

Cláudio: Você está bem?

 

Larissa (triste): Eu não devia estar aqui. Pensei que este lugar estava vazio.

 

Ela se vira e começa a andar. Cláudio a segue.

 

Cláudio: Não estamos no colégio agora.

 

Larissa para e fica de costas para ele. Seus olhos se enchem de lágrimas. Cláudio se aproxima sorrateiramente.

 

Cláudio: Pode falar comigo...

 

Ela hesita um pouco, mas vira-se para ele e morde os lábios, segurando-se para não chorar.

 

Larissa: Por que as coisas têm que ser assim?

 

Cláudio (olhando-a com pesar): Eu não sei... (respira fundo) Mas o que eu posso te dizer, é que vai passar. Tudo passa.

 

As lágrimas começam a escorrer dos olhos dela. Cláudio se aproxima ainda mais e passa a mão em seu rosto. O som aumenta e toma conta da cena. A câmera começa a subir lentamente, mostrando ambos parados frente a frente com o outro. Sobe ainda mais, até chegar ao céu. Levemente começa a amanhecer.

 

Quando desce, temos a visão da frente do colégio. Corta para dentro de uma sala e close numa placa que diz “treinador”. Uma mão coloca um envelope de carta em cima da mesa. A câmera se desloca para a porta e vemos Cláudio saindo por ela. Logo após a imagem se desloca devagar e se aproxima do envelope, onde é possível ler no meio a frase “Pedido de Dispensa”.

 

Lentamente a tela escurece.

 

 

 

 

 

Créditos Finais:

 

 

Criado e Escrito por:

 

Thiago Monteiro

 

Música Tema:

 

Switchfoot - Meant To Live

 

Trilha Sonora:

 

Creed – My Ow Prison

My Chemical Romance – To The End

Gavin DeGrawBelief

 

 

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