A
câmera segue uma picape em alta velocidade dobrando a
esquina.
É dia. Atrás vemos uns cincos rapazes amontoados,
tampando os rostos com máscaras de palhaços e segurando
sacolas brancas. Conforme o veículo avança, percebemos
que se aproxima do colégio Esplendor. Música:
Yellowcard
- Lights and Sounds Corta
para
vários alunos transitando na frente do colégio.
Ouve-se os pneus do carro cantando. A câmera se movimenta
e
mostra o carro parando. Alguns alunos correm, outros,
curiosos, se
aproximam. Os rapazes na traseira começam a tirar ovos das
sacolas e jogar nos alunos da frente. O carro acelera
novamente e
alguns alunos atingidos correm, tentando alcançá-los. Rapaz
(sujo
de ovo/caminhando):
Eu
odeio esses jogos finais. Sempre sobra pro lado mais fraco.
Corta
para
perto do portão, onde Felipe, Larissa e Amanda observavam
a
cena. Cláudio e Roger aparecem. Cláudio:
O que
aconteceu aqui? Felipe: Jogo contra nosso maior
rival... Bem-vindo às finais, meu caro. Roger:
Eu
disse que devíamos ter roubado o mascote deles. Felipe
(rindo):
Eles
não têm mascotes. Mas esse ano vamos vencê-los na
bola. (toca o ombro
de
Cláudio) Se prepara que a guerra começou. Cláudio
olha
para frente, observando os alunos sujos. Abre a imagem da
visão mais ampla do ambiente. Após alguns segundos, a
tela escurece.
Abre
dentro
de uma sala de musculação. Léo está
deitado num aparelho, fazendo exercício com as pernas. Aos
seu
lado está Roma que cronometra tudo com um relógio. Roma:
Pode
parar. Léo
(respirando
fundo):
Como
fui? Roma:
Melhorou consideravelmente. Léo:
Isso
indica que vou poder jogar? Roma:
Dez
minutos. Léo
(subindo
as sobrancelhas):
É, fazer o quê? Melhor que nada. Roma: Exatamente, então se dê por satisfeito... Eu estou colocando o meu na reta por você,
não se esqueça disso também. Léo:
Okay,
okay, okay. Cláudio
e
Felipe entram na sala e se aproximam deles. Felipe:
Como
está o nosso herói? Roma:
Reclamando feito criança. Felipe: Fomos atacados por uma metralhadora de ovos na
entrada? Roma
(nervoso): Como é que é? Eu tenho que tomar alguma providência. (saindo)
Tenho certeza que foi ideia daquele treinadorzinho de meia tigela
que se acha o pica... Vou mostrar pra ele quem é que manda nessa
cidade! Ele
sai.
Léo e Felipe riem. Cláudio olha para eles, sem
entender. Cláudio:
O que
deu nele? Léo:
Rixa
antiga com o treinador deles... Todo ano ele fica assim...
Fizeram muito
estrago? Felipe:
Sujaram
alguns alunos só. Nada comparado ao que fizemos ano passado.
(ri). Cláudio
(curioso):
E o que
vocês fizeram ano passado? Felipe:
Invadimos de madrugada a cidade deles e enchemos a frente do
colégio de papel higiênico, tintas, tomates, ovos podres,
entre outras coisas mais nojentas. Cláudio
(sorrindo):
E eles
não revidaram? Léo:
Sim,
dando um chocolate na gente em quadra e nos eliminando. Felipe:
Por
isso este ano faremos o mesmo. Não revidaremos e nem
provocaremos. Apenas nos focaremos em vencê-los. Léo:
Exato... Cláudio:
Bom,
vejo vocês depois. (para
Léo) Não abusa nos exercícios. Léo
faz
sinal de positivo com a cabeça. Cláudio cumprimenta
Felipe e sai. Felipe:
Quem
diria que ele se tornaria quase indispensável ao time? Léo:
Pois é... E você tanto que fez
para
expulsá-lo... Felipe
(rindo):
Eu
né? Léo
sorri
e recomeça a refazer o exercício com a perna.
Felipe se movimenta para ajudá-lo. Corredor
do
colégio. Cláudio caminha em direção
à sala. Helen aparece atrás, chamando-o. Helen:
Cláudio. Cláudio
(virando-se
e sorrindo ao vê-la):
Oi meu
anjo! Como você está? Helen
(sorrindo):
Estou
bem. (se aproxima)
Já faz um tempinho que a gente não conversa, queria saber
como você está? Fiquei sabendo sobre o lance da
mudança. Cláudio:
Meio difícil responder. Parece que não caiu a ficha
ainda. Sabe quando no fundo você tem aquela esperança de
que alguma solução vai aparecer de última hora? Helen:
Eu
sei... Mas enquanto eles não começarem a empacotar tudo,
ainda há esperança. Cláudio:
Me
responde uma coisa... Você acredita em relacionamentos à
distância? Acha que pode durar? Helen:
Não sei te responder... Vai depender do tamanho da
distância, de quanto em quanto tempo vocês vão se ver...
Tipo, hoje tem internet, webcam, mas o contato físico conta
muito ainda. Cláudio
encosta
na parede, desanimado. Helen lança um olhar
solidário a ele. Helen:
Mas
não fica assim. Cada caso é um caso. Existem
relacionamentos que sobrevivem léguas de distância. Assim
como aqueles que não sobrevivem nem com as pessoas morando
ao
lado. Ou seja, é complexo. Depende do casal não deixar a
chama esfriar. O
sinal toca. Cláudio desencosta da parede. Cláudio:
Bom,
espero que o meu seja o primeiro caso, apesar de que a
capital
não é tão longe assim... (suspira) Vou pra sala, a gente se
fala mais tarde. Beijo, branquinha. Helen
(sorrindo):
Beijo,
querido. Sala
de
aula. Amanda e Larissa estão sentadas no fundo, com as
mesas
juntas. Amanda:
Como
está seu relacionamento com o Cláudio depois da bomba? Larissa:
A gente
têm evitado falar sobre o assunto. É como se na
última hora fosse aparecer alguma solução. Amanda:
Bom,
você pode morar lá em casa. O relacionamento com meus pais
não é do melhores, mas tenho certeza que não vão se opor, se quiser ficar. Larissa
(pensativa):
Eu
não sei... Será? Amanda:
Pensa
nisso, okay? Porque eu juro que ficarei tão desesperada
quando o
Cláudio, caso você se mude mesmo. Minha vida não
será a mesma sem minha melhor amiga por perto o tempo todo.
Larissa
sorri
para ela e segura em sua mão. Amanda a olha com uma
expressão triste e tenta sorrir. Casa
de
Cláudio. Silvia está sentada no sofá,
assistindo televisão. Lucio aparece, trazendo um papel. Silvia
(curiosa):
O que
é isso? Lucio
(subindo
e descendo as sobrancelhas):
Nosso
roteiro de viagem. Como você não escolheu o lugar, tomei
liberdade de fazê-lo... (entrega a folha) Olha só. Silvia:
É maravilhoso! E eu sempre quis fazer um cruzeiro
marítimo. Lucio:
É meu sonho também. Silvia:
Só estou meio receosa em deixar o Cláudio aqui. Ele
parece tão pra baixo nos últimos dias. Lucio:
Eu notei isso. Vou tentar conversar com ele pra saber o que
está
acontecendo... Aproveito também para convencê-lo a viajar
com a gente. Silvia concorda com a cabeça e sorri. Lucio se ajeita no sofá, deitando por
cima
dela e beijando-a apaixonadamente. A câmera se afasta
devagar
enquanto a tela vai escurecendo. Refeitório
do
colégio Esplendor. Helen e Léo estão sentados
em sua tradicional mesa, conversando. Música:
Santana & Match
Box 20
– Smooth Helen:
E a
fisioterapia? Léo: Está fluindo... Um mal necessário chamado Roma está acabando comigo. Helen:
E vai
dar pra você jogar? Léo:
Dez
minutos, ou um pouco mais. Helen
sorri
levemente e balança positivamente a cabeça.
Léo segura na mão dela. Léo:
Não se preocupe, não vou além do que eu posso
ir... Eu prometo. Helen
(sorrindo):
Eu sei. Léo
tira
uma folha dobrada do bolso e coloca em cima da mesa. Helen
pega a
folha e arregala os olhos, dando um largo sorriso em
seguida. Léo
(sorrindo):
Eu vou
tentar a faculdade da cidade vizinha. É uma ótima
universidade e o curso de educação física é
bem recomendado. Helen
(feliz):
E
quando decidiu isso? Léo:
Há alguns dias. A grande vantagem é que nos veremos
sempre. Helen:
Estou
muito orgulhosa de você, sabia? Léo:
Claro
que tudo vai depender primeiro se eu passar de ano. Mas como
tenho tido
uma incentivadora de plantão, não estou muito
preocupado com isso. Helen:
E agora
que já sabe o que quer da vida, eu vou pegar ainda mais no
seu
pé. Léo
(beijando-a):
Contanto que fique sempre perto de mim, será um prazer
passar e
repassar matérias e mais matérias. Eles
começam
a se beijar, mas logo são interrompidos com a
chegada de Cláudio, Larissa, Roger e Amanda. Todos tomam
lugares
nas cadeiras e sentam. Cláudio:
Estávamos ali observando e pensando... Pobre casal, isolados
de
todos, tão tristes... Larissa:
E como
somos demasiadamente generosos, resolvemos fazer a boa
ação do dia e enturmá-los ao grupo. Helen
e
Léo se olha e riem. Roger se inclina. Roger:
Hei,
Léo... Posso pegar um pouco dessas batatas fritas? Léo
(sorrindo):
Sirva-se à vontade... Todos vocês. Felipe
aparece
e puxa uma cadeira, sentando. Felipe:
Opa,
opa!
Reunião do grupo e ninguém me chamou? Amanda
(oferecendo
o prato):
Quer um
pouco de batatas fritas? Roger
(mastigando):
Estão realmente ótimas. Felipe
pega
algumas batatas e leva até a boca. O som aumenta e toma
conta da cena. A câmera enquadra o grupo e depois vai
passando
pelo rosto de cada um, mostrando-os interagindo, rindo,
conversando.
Roger oferece batatas para os alunos da mesa ao lado. Após
alguns
instantes, a imagem sobe lentamente, mostrando o céu claro
por
alguns segundos. Quando desce, mostra o ginásio. A câmera
transparece para dentro. Os
rapazes
estão em quadra, treinando chutes a gol. Léo
corre devagar em volta da quadra, com bastante
dificuldade. A
câmera se movimenta para a entrada, mostrando um grupo de
rapazes
entrando e olhando com desprezo para os lados, observando
o
ginásio. Rapaz:
Que
porcaria de lugar. Felipe
(se
aproximando): Muito melhor que aquele chiqueiro que vocês chamam de ginásio. Rapaz
(sorrindo):
Felipe!
Como vai amigão? Felipe: Estou ótimo, Clayton, e você, "amigão". Léo
para
de correr e se aproxima deles. Léo:
O que
fazem aqui? Clayton:
O
treinador nos mandou vir reconhecer a quadra. Não avisaram
que
viríamos? Léo
começa
a rir. Clayton o olha com seriedade. Clayton:
Posso
saber qual é a graça? Léo:
É
que eu pensei que você já tivesse se formado. Quantas
vezes pretende fazer o terceiro ano? Clayton:
O
suficiente pra eliminar vocês mais uma vez... Fiquei sabendo
do
seu acidente, coisa chata, não? Léo: Terrível... Aposto que a notícia te impactou de jeito, to certo? Clayton:
Chorei
litros quando soube. Mas sério, eu quero que você jogue.
Não quero ouvir desculpas de que os Gladiadores só
perderam porque seu maior astro estava machucado, apesar de
não
ser difícil ganhar do seu time, com ou sem você em quadra. Léo:
Eu
não cantaria vitória antes do tempo. (abre os braços e faz cara de
lamento)
Mas, realmente não irei jogar. Porém, confio no meu time
e sei que darão conta do recado. Clayton: Tá falando sério? Sabia que vai ter olheiros nesse
jogo? Gente até do exterior. Léo:
Huh, interessante... Torço muito para que algum clube te leve pra bem longe daqui. Clayton:
Nisso preciso concordar, ninguém merece viver uma vida
frustrada... Mas sabe o que é mais frustrante? Ser sempre a
sombra de alguém que realmente brilha. Léo não responde e lança um sorriso irônico à Clayton. Clayton olha ao redor da quadra por alguns instantes e depois volta a atenção à Léo. Clayton: Bom, diz pro seu treinador que não vamos precisar treinar nessa espelunca... Te lanço um beijo na arquibancada quando eu fizer o primeiro gol.
Léo: Você promete?
Clayton sorri e sai da quadra junto com os rapazes do seu time. Felipe lança um olhar confuso para Léo. Felipe:
Por que
disse a ele que não vai jogar? Léo: É melhor que o treinador deles arme o
time pensando que estarei de fora. Felipe
(sorrindo):
Para
aparecer como elemento surpresa no final do jogo. Você é
bom, não dá pra negar. Léo
sorri
e mexe os ombros, orgulhoso. Roma aparece e apita, fazendo
sinal
com o braço para que os jogadores se aproximem do banco de
reservas. Roma:
Acabei
de receber a informação que os jogadores do Olimpo,
nomezinho pretencioso, hein? Bem a cara do treinador deles,
figura
nojenta, petulante... Ele
balança
negativamente a cabeça. Os rapazes se olham e
seguram o riso. Felipe:
Treinador? Roma:
Ah sim,
os jogadores do Olimpo estão vindo pra cá, reconhecer a
quadra. Léo:
Já vieram e foram embora. Roma:
Mas
como? Entraram sem ninguém avisar? Que porteiro é esse
que deixa qualquer um passar pelo portão? Eles viram vocês
treinando? É melhor mudar a tática de jogo... Roma
começa
a andar em direção a sua sala.
Cláudio cutuca um rapaz que está ao seu lado. Cláudio:
Ele
realmente fica louco nas finais. O
rapaz concorda com a cabeça. Em seguida todos voltam a se
espalhar em quadra. Praça
do
centro da cidade. Amanda está deitada com a cabeça no
colo de Roger, que faz carinho, alisando o cabelo dela. Música:
McFly
– All About You Amanda:
Se a
Lari se mudar, você acha que ela e o Cláudio
continuarão juntos? Roger:
Não sei dizer... Ele pelo menos acha que sim. Amanda:
Mas você,
entendeu? Acha que daria certo? Roger:
Não sei dizer... Pode ser que sim, pode ser que não. Amanda:
E se
fosse com a gente? Se eu tivesse que me mudar, você ia
querer
continuar namorando comigo? Roger:
Bom,
você sabe. Do jeito que eu sou carismático e inegavelmente
irresistível, seria meio difícil me controlar às
tentações. Amanda:
Não dá pra falar sério com você. Roger
(rindo):
Estou
brincando, menina ranzinza. É óbvio que eu ia querer
continuar namorando contigo. O que nós temos não é
qualquer coisa, é mais forte que nós. Nem se a gente
quisesse, iriámos conseguir ficar separados. Amanda
(sorrindo):
Como eu
adoro te ouvir dizendo esse tipo coisa sobre nós. Roger:
E por
isso puxa tal assunto? Amanda:
Sim,
meu palhacinho. Eu te amo muito. Roger:
Eu
sei... Eu te amo muito também. Roger
se
abaixa e beija delicadamente os lábios da namorada. Ela
segura o rosto dele e o beija mais intensamente. Casa
de
Cláudio. Ele está no quarto, digitando no computador.
A câmera se movimenta e mostra Lucio aparecendo na porta
que
já está aberta. Lucio:
Toc,
toc... Cláudio:
Entra... Lucio
(entrando):
Nervoso
para o grande jogo de amanhã? Cláudio:
Bastante ansioso. À medida que se aproxima, o frio na
barriga
aumenta gradativamente. Lucio
(sorrindo
e sentando na cama):
É impossível não sentir isso. Mas vocês
vão se sair bem. Cláudio:
É, espero... (respira fundo) Então? Lucio:
Tem
mais alguma coisa te preocupando? Cláudio
(sorrindo):
Foi a dona Silvia que mandou você subir? Lucio
(rindo):
Está
brincando?
Eu também consigo perceber que algo está
errado. Vamos lá, se abra comigo... Cláudio
fica
hesitante e faz careta. Lucio sorri e sobe as
sobrancelhas. Lucio:
Hei,
você disse que ia me dar uma chance. Vamos, conversa com seu
velho? Cláudio
(revirando
os olhos):
Okay...
Minha namorada está de mudança para a capital e eu
não sei muito bem como agir à respeito. Lucio:
Bom, se
vocês se amam de verdade, vão conseguir passar por cima
disso. Além do mais, hoje os meios de comunicação
estão evoluídos. Existe internet, webcam, celulares... A
cada quinze dias um pode visitar o outro. Sem falar que o
tempo passa
tão rápido que logo os períodos de férias
chegam e vocês podem ficar mais tempo juntos. Cláudio
mexe
as sobrancelhas, ficando pensativo e ao mesmo tempo
balançando a cabeça, concordando. Lucio:
O primeiro mês vai ser difícil mesmo, especialmente pra
vocês que começaram a namorar agora. A saudade vai doer.
Mas com o tempo, vocês vão encontrar maneiras de superar
todos os obstáculos e fortalecer ainda mais o relacionamento. Cláudio: Você pode ter razão... (após alguns segundos) Mas eu tô com uma ideia que anda amadurecendo e não sei se vai dar certo... Posso te pedir uma coisa? Lucio:
Claro,
vá em frente. A
câmera se aproxima do rosto de Cláudio que começa a
esboçar um largo sorriso. Lanchonete
do
centro. Helen e Ruth estão sentadas à mesa do lado de
fora. Elas tomam sorvetes em taças. Música: Atomic Kitten - The Tide is High Ruth:
Estive conversando com a
sua avó, e ela meio que, milagrosamente, acabou concordando com uma
ideia que tive. Mas obvio que a principal interessada tem
que ser
você. Helen:
Sobre o quê? Ruth:
O que você acha
de, quando as aulas terminarem, você e eu fazermos uma
viagem
para nos conhecermos melhor? Eu posso falar mais de sua mãe
e
conhecer mais de sua personalidade também. Podemos até
visitar a cidade em que nasceu. Helen
(incrédula):
Minha avó, dona
Rosa, que não suporta nem ouvir o seu nome... Concordou que
viajássemos juntas? (se
inclina) Colocou alguma coisa no café dela sem que
percebêssemos? Ruth
(rindo):
Acredite... Quer dizer, ela disse que prometeu pensar. Helen:
Mas antes você
teve que prometer algo a ela, certo? Ruth
(sorrindo):
Garota esperta... Tá, prometi que daria um tempo de te ver,
mas
não é nada permanente. Helen
(após
alguns segundos):
Okay então, se
ela concordar, acho que vai ser legal passarmos um tempo
juntas. Ruth:
Ótimo! Você
não vai se arrepender. Grandes surpresas te esperam nessa
viagem. Helen
(sorrindo):
Mal posso esperar. Helen
desvia
o olhar para o sorvete, pegando um pouco na taça. Ruth
permanece com a visão na sobrinha. Close em seu rosto por
alguns
segundos. Condomínio.
Cláudio
e Larissa passeiam de mãos dadas por uma rua
qualquer. É noite. Música:
Extreme
– More Than Words Larissa:
Cláudio, temos evitado falar do assunto, mas precisamos
conversar sobre o nosso futuro. Cláudio
(sorrindo):
Eu sei. Larissa
(estranhando):
Posso
saber que sorriso é esse? Cláudio:
É que eu estou feliz, muito feliz. Larissa:
Okay,
eu não queria que ficasse um clima de velório, mas ficar
feliz é um pouco demais. Cláudio:
Estou
feliz porque encontrei uma solução para o nosso caso. Larissa
(parando/curiosa):
Encontrou? Cláudio
(ficando
de frente para ela):
Você quer sair de Bom Destino? Larissa:
Claro
que não... Toda minha vida está aqui. Cláudio:
Ótimo, então você vai ficar... Agora pouco
perguntei ao meu pai se você podia morar lá em casa. Ele
disse que ia conversar com a minha mãe, mas acredita que se seus
pais não tiverem nenhuma objeção, não
será um problema. Larissa:
A
Amanda me fez a mesma proposta. Cláudio:
Fantástico! Então não há mais com o que nos
preocuparmos. Agora é só tentar convencer sua mãe
e pronto. Você fica, nós ficamos juntos e todos saem
felizes. Larissa:
Com
exceção da minha mãe, né? Cláudio:
Hei,
mas estamos falando de você ficar... Larissa:
Cláudio, as coisas estão se acertando em casa agora. Eu
não sei... Talvez esse tempo que passaremos juntos possa
servir
para sermos uma família de verdade. Cláudio
desfaz
a expressão alegre e suspira, olhando para baixo. Cláudio:
E como
ficaremos então? Larissa:
Do
mesmo jeito que estamos. São só alguns quilômetros.
Não precisamos terminar. Cláudio:
Você diz isso agora que está aqui. Mas e quando fizer
novos amigos, tiver adaptada no colégio novo e amando a nova
cidade? Larissa:
E
você não confia no que sinto por você? Cláudio:
Não é isso. Mas muita coisa pode mudar em poucos meses.
Eu tenho medo. Ele
volta
a abaixar o olhar. Larissa o olha com pesar e passa a mão
no rosto dele, acariciando-o. Larissa:
Ouça, não está nada decidido ainda. Temos tempo e
prometo pensar muito na possibilidade de ficar, tá certo? Cláudio:
Sei que
estou sendo egoísta te pedindo pra ficar longe de sua
família. Mas só de pensar em não te ter por perto,
depois de tudo que passamos... (balança a
cabeça) Eu não sei, parece que fico sem chão. Larissa
(abraçando-o):
Eu também não consigo me imaginar longe de você.
Mas não vamos considerar nada como definitivo ainda. Por
enquanto, estou aqui, então vamos aproveitar ao máximo
esse tempo juntos. Cláudio
esboça
um leve sorriso. Larissa o beija carinhosamente. A
intensidade do beijo vai aumentando e ao mesmo tempo, a
câmera
começa a se afastar lentamente. A tela escurece segundos
depois. Abre
mostrando
o ginásio do colégio Esplendor vazio. Em
câmera acelerada, vemos as arquibancadas sendo tomadas por
pessoas até ficar completamente cheio. Em sua maioria, as
pessoas estão com camisas vermelhas, em homenagem ao time
da
casa. Música: Ronan Keating - I Love It When We Do Corta
para
Larissa e Amanda caminhando pelo corredor. Ambas vestem as
camisetas do time. Elas olham para arquibancada. Helen na
parte de cima
faz sinal para que elas subam. Ambas sorriem e vão até
ela. Larissa:
Trouxemos algo pra você. Amanda:
E com
certeza irá gostar. Amanda
entrega
um embrulho para Helen. A garota pega com bastante
curiosidade
e abre. Close na camisa dos Gladiadores. Ela sorri para as
garotas. Larissa
(sorrindo):
Olha
atrás. Helen
vira
a camisa. Na estampa vemos escrito Léo e o número
oito embaixo. Helen
(feliz):
É perfeito, gente! Muito obrigada! Larissa
sorri
novamente e desvia o olhar para a entrada do ginásio.
Após alguns segundos começa a rir. Larissa
(rindo):
Oh meu
Deus, o que é aquilo? Amanda
(olhando
na mesma direção):
O
quê? A
câmera gira e mostra Roger caminhando pelo corredor. Ele
veste
uma camisa vermelha, faixa da mesma cor na testa e seu
rosto
está tomado por duas linhas pintadas de vermelho escuro da
testa
ao queixo. Ele acena para as pessoas e é cumprimentado no
caminho. Corta para Amanda indo ao encontro dele. Amanda:
O que
você pensa que está fazendo? Roger:
Ué, vestido completamente a caráter para torcer para o
nosso time. (grita)
Vai
Gladiadores! Acaba com eles! As
pessoas
por perto gritam em comemoração. Amanda
balança a cabeça e ri. Amanda:
Você não existe... Me mata de vergonha. Roger ri e pega na mão de Amanda. Eles começam a subir a
arquibancada, ao encontro de Helen e Larissa.
Vestiário.
Os
jogadores estão em pé, em sua maioria fazendo
alongamentos. Cláudio está frente ao espelho,
visivelmente nervoso. Roma entra e para no centro, olhando
para cada um
de seus atletas. Roma:
É
isso... O caminho até chegarmos aqui foi duro. O time
precisou
amadurecer e aprender a jogar junto. E depois de tudo que
passamos, se
tem uma coisa que eu tenho certeza quando pisarem naquela
quadra,
é que ninguém será capaz de tirar a vaga de
vocês na final. Mais do que nunca vocês estão
prontos para a guerra, prontos para vencer. Esqueçam o ano
passado... O time é outro, vocês são outros. A
câmera passeia, mostrando o rosto dos jogadores. Roma:
São
meu orgulho, meus guerreiros! Léo
(batendo
as mãos):
É
isso aí galera! Vamos mostrar pra eles quem é que manda! Felipe:
É
isso aí! Vamos mostrar que aqui dentro, só prevalece um
time... E quem são vocês? Rapazes
(juntos):
Gladiadores! Léo
(falando
mais alto):
Quem
são vocês? Rapazes
(juntos/mais
alto):
Os
Gladiadores! Felipe
(gritando):
Quem
são vocês? Rapazes
(gritando
mais alto):
Os
Gladiadores! Roma
(falando
alto):
Agora
vão pra lá e acabem com eles! Os
rapazes
gritam e comemoram, saindo do vestiário. A câmera
muda para o lado de fora. Eles passam pela porta e a
torcida
começa a gritar de euforia. Música: Blink 182 – All the Small Things O
time adversário já está em quadra. Eles vestem
camisas verdes, calções brancos e meias verdes. Clayton
se aproxima de Léo. Clayton:
Pensei ter
ouvido você dizendo que não ia jogar. Léo:
Milagres
da medicina. Léo
sorri
e pisca para ele, se dirigindo até o banco de reservas. A câmera corta para Cláudio e
Larissa na grade. Ela o beija. Larissa:
Pra dar
boa sorte. (pensativa)
Ou
deveria te mandar quebrar as pernas como fazem no teatro? Cláudio
(sorrindo):
Acho que
as regras não as mesmas. Em todo caso, esse beijo já me
motivou bastante. Larissa
(sorrindo):
Então vai lá, meu herói e chute os traseiros
deles. Cláudio
(rindo):
Okay... (a beija) Eu te amo. Larissa:
Eu te amo
muito. Cláudio
sai.
Ao sair, temos a visão de Helen e Léo também
na grade. Léo:
Me deseja
boa sorte? Helen
(beijando-o):
Boa sorte
meu amor. E olha só, se sentir alguma dor, fique sentado,
okay? Léo
(sorrindo):
Certo,
minha enfermeira preferida. Eles
se
beijam novamente. A câmera se movimenta até o banco de
reservas. Um senhor [Ed Lauter] se aproxima de Roma. Senhor:
Treinador
Roma. Roma:
Treinador
George. George
(estendendo
a mão):
Que
vença o melhor time. Roma
(forçando
um sorriso e cumprimentando-o):
Que
vença o melhor time. George
(sorrindo
e subindo a sobrancelha):
O melhor. Roma
fecha
a cara. George sorri novamente e sai. Roma:
Imbecil. Os
jogadores
tomam posição para o início do jogo.
Léo vai para o banco e senta. Cláudio está parado
no meio de quadra, com o pé em cima da bola. Gil está ao
seu lado. Clayton assovia
para
Cláudio. Clayton:
Você
não vai sair inteiro deste jogo. Gil:
Cala a
boca, Clayton... (olha para Cláudio) Não
dê atenção, ele vai fazer de tudo pra te intimar. Cláudio
respira
fundo e acena com a cabeça. O juiz apita e o jogo
começa. Música:
Green
Day – Holiday Vemos
uma
passada rápida na torcida, que pula e vibra. Corta para
Roma
em pé próximo da lateral, fazendo movimento com as
mãos, instruindo o time. Léo do banco de reservas aplaude
e grita, incentivando os jogadores. Corta
para
o adversário com a bola. Ele toca para um companheiro, que
toca para Clayton, que passa por Felipe e chuta forte em
gol. A bola
entra no canto esquerdo do goleiro. Os jogadores
comemoram. Os
Gladiadores se olham, lamentando. Clayton aponta para Léo
e
sorri de forma provocativa. Corta
para
Helen, Roger, Larissa e Amanda na arquibancada. Roger:
Logo no
começo? (gritando) Juiz
ladrão!
Ordinário! Sem vergonha! Amanda:
Que culpa
teve o juiz? Roger:
Nenhuma,
mas o foco precisa ser desviado e o juiz sempre paga o pato! (grita
outra vez) Ão, ão, ão, seu lugar é na
prisão! Volta
para
a quadra. O Olimpo está com a bola. Um jogador lança
e Clayton se antecipa, recebendo na frente de Gil que
tenta tirar a
bola em vão. Clayton avança e fica frente a frente com o
goleiro. Ele chuta no canto direito e faz o gol. Close na
pequena
torcida adversária no canto da quadra, comemorando o gol.
Roma
joga
sua prancheta no chão, extremamente nervoso. Ele olha para
o lado e George faz sinal de joia para ele, sorrindo.
Clayton passa
perto de Léo. Clayton:
Mas que
merda é essa? Tá muito fácil, cara. Léo
não
responde, apenas o encara. Clayton ri e começa a
correr. A tela mostra várias cenas do jogo em cortes
rápidos, como Cláudio tocando para Gil, que toca para
Felipe, que chuta em gol, mandando a bola para longe.
Clayton driblando
vários jogadores e sendo derrubado por Gil. O goleiro dos
Gladiadores fazendo várias defesas. Roma andando de um
lado para
o outro, vermelho. Roger abrindo os braços da arquibancada
e
falando algo, que percebemos se tratar do juiz outra vez.
Léo do
banco de reservas batendo insistentemente a perna e roendo
unha de
nervosismo. Clayton chutando, Clayton provocando. Cláudio
tentando fazer uma jogada, em vão. A
câmera dá um close no rosto apreensivo de Roma.
Após alguns segundos, a tela escurece.
Vestiário.
Os
jogadores estão espalhados pelo local, visivelmente
abatidos.
Roma entra e para no centro, olhando-os e permanecendo em
silêncio por alguns segundos. Roma:
O que
é isso? Rapaz:
Eles
estão acabando com a gente, treinador. Não há a
mínima chance de vencermos. Felipe:
Não
acertamos uma bola em gol. Roma
balança
a cabeça, entristecido e parecendo não
acreditar no que está vendo. Ele abaixa a cabeça e segundos
depois olha
para eles novamente. Roma:
Bom, como já estão desistindo, posso informá-los
que, ao soar do apito final do jogo, estarei me despedindo do
colégio Esplendor. Léo
(arregalando
os olhos):
O
quê? Vai nos deixar? Por
quê? Roma:
Porque eu não os treinei para abaixarem a cabeça. Se
vocês estão prontos para desistir, então devo
admitir que falhei com vocês. Eu posso aceitar uma derrota, por
mais difícil que seja... Mas nunca aceitarei que vocês
caiam sem lutar. Se o efeito que eu tentei transmitir não
funcionou, então eu sou o culpado e não mereço
mais ser o técnico deste time. Um
breve
silêncio toma conta da cena. Roma dá uma
última olhada para todos e se movimenta para sair. Roma:
Espero que
tenham pelo menos a hombridade de terminarem o jogo. Ele
sai.
Léo balança negativamente a cabeça e se
posiciona no meio. Léo:
Prestem
atenção... Nós não nadamos até aqui,
pra morrer na areia. Tivemos dificuldades muito maiores no
decorrer da
temporada, começando por nossas diferenças. Ele
olha
para Cláudio que acena positivamente a cabeça para
ele. Léo:
Sabe qual é a diferença entre nós e o Olimpo? A
cor da camisa, pessoal. Eles não são melhores e podemos
vencê-los. Para alguns de nós, é o último
ano. E eu não quero olhar para trás daqui a vinte, trinta
anos e pensar no "e se"... Quero lembrar com orgulho deste dia, em que
chegamos pela primeira vez na final do campeonato, eliminando nosso
maior rival, com essa torcida maravilhosa nos apoiando o tempo todo.
É isso que eu quero lembrar, momentos de garra,
determinação e superação. A
câmera passeia pelo rostos dos rapazes que balançam a
cabeça positivamente. Léo:
Então chega de drama... Vamos voltar para aquela quadra e
mostrar quem é que manda. Vamos mostrar ao nosso treinador que
estamos com ele e que tudo que ele nos ensinou não foi em
vão... Vamos provar a ele que cada voto de confiança que
recebemos valeu a pena. Juntos, vamos mostrar o nosso potencial e lutar
até o fim. Ele
estende
a mão no meio. Léo:
Quem
está comigo? Os
rapazes
começam a gritar e vão ao encontro de Léo,
formando uma roda e colocando as mãos umas em cima das
outras. Todos
juntos
(gritando):
Gladiadores! Vai! Vai! Vai! Quadra.
Roma
está sozinho no banco de reservas, limpando o suor com um
pano. A torcida começa a gritar. Roma olha na
direção do vestiário e a câmera o acompanha,
mostrando os Gladiadores correndo e vibrando, levantando
as mãos
para que a torcida grite ainda mais. Eles correm até o
treinador. Música:
Hawk
Nelson - Every Little Thing Léo:
Ainda
não acabou, treinador. E nós vamos sair daqui com a vaga
na final. Roma
sorri
emocionado. Os jogares se posicionam para o início do
segundo tempo. Clayton e um companheiro estão no meio,
pronto
para darem os pontapés iniciais. Clayton
(sorrindo):
Estava
ficando preocupado... Pensei que nem voltariam para o
segundo tempo. Cláudio:
Já riu? Aproveitou? Porque a partir de agora, a única
coisa que vocês vão fazer, é chorar e lamentar.
Clayton:
Buuh,
me borrei todo! O
juiz apita e jogo reinicia. Clayton corre com a bola,
tentando passar
por Cláudio, que o impede, tirando a bola e tocando para
Felipe.
Felipe dribla o adversário e toca para Gil, que chuta
forte no
gol. O goleiro espalma a bola, que bate na trave antes de
sair. A
câmera gira até Helen, Roger, Amanda e Larissa na
arquibancada. Larissa:
O que
aconteceu com eles? Roger:
Provavelmente alguém lançou algum discurso que fez todos
se sentirem motivados e capazes de reverter a partida. Sempre dá certo nos filmes. Volta
para
a quadra. Gil cobra o escanteio para Cláudio, que pisa na
bola atentamente. Clayton corre em sua direção.
Cláudio faz uma tabela rápida com um companheiro,
deixando Felipe completamente livre de marcação. Ele toca
para Felipe que chuta rasteiro no canto direito. A bola
entra. O
Gladiadores se abraçam, comemorando. Close rápido na
torcida em euforia com o gol. Roma e Léo vibram no banco
de
reservas. O
jogo reinicia. Clayton com a bola tenta chutar em gol, mas
passa longe
do objetivo. Felipe corre até ele. Felipe:
Esquenta não que é assim mesmo. Alguns se fragilizam sob
pressão. Clayton:
Me
desculpa, mas quanto tá o placar mesmo? Felipe
(sorrindo):
Por
enquanto. Ele
pisca
para Clayton que fecha a cara. A câmera sobe até o
placar eletrônico que mostra “Gladiadores 1x2
Visitantes”. Corta para Roma, que anda de um lado para o
outro,
extremamente nervoso e vermelho. Ele olha para o relógio e
bate
as mãos, incentivando seus jogadores. Felipe
está
com a bola. Ele toca para o companheiro, que toca
rapidamente para Gil, que de primeira toca para Cláudio,
que
dribla dois jogadores e chuta no gol. A bola entra e ele
corre
até a lateral, gritando e abraçando Roma e seus
companheiros. Atrás vemos a torcida que ainda mais
eufórica vibra e pula, comemorando. A
câmera dá vários giros e cortes rápidos do
jogo, mostrando total domínio dos Gladiadores e indicando
uma
certa passagem de tempo. Corta para o juiz que apita o
final. Os
jogadores correm até seus treinadores. Roma:
Eu
estou muito, mas muito orgulhoso de vocês. Eu sabia que
fariam a
coisa certa. Eles agora estão acuados, tremendo de medo.
Então é nossa hora de fazer prevalecer nossa
força. (para Léo)
Como está sua perna? Léo:
Estou
pronto. Roma:
Tem
certeza? Léo:
Absoluta,
pode
confiar. Roma
(sorrindo):
Okay
então... Meus garotos, é hora do triunfo! Cláudio:
É isso aí galera, vamos vencer, por nós, pela
torcida, e especialmente por esse homem aqui! (toca o ombro de Roma). Léo:
É isso mesmo, se tem alguém que merece mais que qualquer
um, esse alguém é você, treinador... Como é
que é galera, vamos jogar pelo nosso paizão? Os
jogadores
gritam alto, concordando. Léo dá um forte
abraço em Roma e beija a careca dele. Roma sorri,
emocionado. Os
rapazes voltam a tomar posição na quadra. A câmera
muda para a arquibancada. Helen
(apreensiva):
Nunca
fiquei tão nervosa antes... O que acontece agora? Larissa:
Prorrogação de dez minutos cada tempo, quem fizer o gol,
acaba. Se terminar empatado, a disputa será por pênaltis. Roger:
Bom, eu
não acho que vou conseguir assistir até o final, sem
antes ter um ataque. (levantando)
Eu vou mastigar alguma coisa. Amanda
(levantando):
Eu vou
junto. Eles
saem.
Helen e Larissa se olham e seguram nas mãos uma da outra. Dentro
de
quadra. O jogo reinicia. Cláudio está com a bola. Ele
corre para o lado esquerdo e toca para Léo, que dribla o
adversário e chuta em gol. A bola bate no travessão e
sai. Ele coloca as mãos na cabeça e dá dois
pulinhos, indicando certo indício de dor. O goleiro
adversário
toca para o companheiro, que tenta avançar, mas é
surpreendido por Felipe, que tira a bola dele e toca
para Gil, que
logo toca para Léo, que corre para o canto direito.
Clayton
rapidamente se aproxima e pisa no pé lesionado de Léo,
fazendo-o cair ao chão. Léo ainda caído grita de
dor. O juiz apita falta. Felipe rapidamente se aproxima e
empurra
Clayton. Clayton
(nervoso):
O
quê? Falta é do jogo, sua anta! Felipe
(indo
pra cima dele): Isso
foi
jogada suja, seu bexiguento! Os
jogadores
dos dois times se amontoam e começam a se empurrar.
Roma e George correm até eles, juntamente com o juiz,
apartando
a briga. Roma
(empurrando
seu time para trás):
Pra
trás, pra trás! Não vamos perder a cabeça
agora! Close
em
Léo sentado no chão, sendo analisado por um médico auxiliar.
Roma vai até ele. O médico balança a
cabeça, em sinal de negação. Roma se vira para
chamar outro jogador, mas Léo segura a perna dele. Léo:
Não! Por favor, me deixa continuar. Roma:
Olha
seu estado, filho. Está forçando mais que o permitido. Léo
(levantando):
Eu
consigo, treinador... Por favor? Roma:
Okay,
mas se começar a fazer cara de dor, não pensarei duas
vezes em te tirar. Léo:
Combinado. Roma
acena
com a cabeça e volta para o banco. Os jogadores voltam a
se posicionar em quadra. Uma mão toca o ombro de Léo, que
se vira e se surpreende saber que é Gil. Música: The All-American Rejects – Move
Along Gil:
Hei,
irmão... (sorri levemente) Vamos fazer o
gol da
classificação. Eu te dou cobertura. Léo
(após
alguns segundos):
Vamos... Irmão... Vamos fazer o gol. Gil
estende
a mão para ele. Léo segura o braço dele,
sorri e eles se abraçam. A torcida vibra neste momento. A
câmera dá um close rápido em Roma, que sorri
emocionado com a cena. O
juiz apita. Léo cobra a falta para o campo defensivo.
Cláudio avança e toca para Felipe. Gil está na
frente, correndo e gritando para receber a bola. O
adversário o
acompanha. Felipe faz que vai tocar para ele e toca para
Léo,
enganando seu marcador. Léo pega de primeira e toca na
frente
para Gil, que para, deixando a bola correr e enganando
outra vez os
marcadores, fazendo com que Léo mesmo receba a bola limpa,
frente a frente com o goleiro. Gil:
Chuta! Léo
chuta.
O som é abafado e a câmera fica lenta, acompanhando
a trajetória da bola em direção ao gol. O goleiro
pula, a bola passa por ele, bate na trave e gira
lentamente. Um close
rápido em Cláudio, Felipe, Gil, Léo, Clayton,
Roma, George, Helen, Larissa e novamente em Léo e depois
na
bola, que continua girando até entrar no gol. Léo
arregala
os olhos e abre a boca, gritando e pulando. A imagem volta
à velocidade normal. Cont- The All-American Rejects – Move Along Os
jogadores
correm para abraçar Léo, que se ajoelha. Eles
pulam em cima dele, fazendo um montinho. A câmera gira até
o banco, onde Roma está sentado com a mão na
cabeça, parecendo não acreditar no que havia acontecido.
Seus olhos se enchem de lágrimas. Ele ri e olha para o
céu. Corta
para
a arquibancada, a torcida pulando e comemorando. Helen e
Larissa
pulam abraçadas. Da quadra, Léo olha para Clayton e
sorri, apontando para ele. Clayton abaixa a cabeça. Roma
olha
para George, que parece desnorteado. Alguns segundos
depois, ele olha
para Roma e acena com a cabeça, mexendo os lábios,
dizendo “Parabéns”. Roma sorri e acena para ele. A
câmera muda para uma visão aérea. A torcida invade
a quadra. Close em Cláudio e Larissa se encontrando e se
beijando. Léo ainda abraçado aos companheiros, avista
Helen metros à frente. Ele sorri e vai até ela,
abraçando-a, levantando-a e rodando-a. Quando desce, a
beija com
bastante paixão. Roger
e
Amanda se aproximam de Cláudio. Roger abre os braços e
Cláudio o abraça forte. Em seguida abraça Amanda
também. Ao sair, olha para os lados, procurando alguém. Larissa:
O que
foi? Cláudio:
O
Roma... Preciso dar um abraço nele. Amanda:
Eu o vi
indo na direção da sala dele. Cláudio
(beijando
Larissa):
Eu
já volto. Larissa
sorri
para ele faz que sim com a cabeça. A câmera corta
para Léo e Helen abraçados. Um homem se aproxima deles. Homem
(para
Léo):
Posso
falar com você um instante? Léo
(curioso):
Claro... Helen
(sorrindo):
Eu vou
lá dar um abraço no Cláudio. Léo:
Okay,
logo me junto a vocês. Eles
dão
um selinho e Helen sai. O homem começa a dialogar com
Léo, mas não ouvimos o que ele diz. Léo acena com
a cabeça, bastante interessado. Sala
de
Roma. Ele caminha pelo lugar, com os olhos cheios de
lágrimas. Ele olha para alguns retratos em cima da estante
e
segundos depois vai até a mesa. A câmera se aproxima da
placa que está escrito “Treinador Roma”. Ele sorri e
pega a placa, olhando-a por alguns instantes. De repente
começa
a franzir a testa e coloca a placa na mesa. Ele coloca a
mão no
coração e faz expressão de dor. Tenta apoiar-se na
cadeira, mas cai, esparramando-se no chão. A câmera se
movimenta até a porta, mostrando-a abrindo e Cláudio
entrando, feliz. Cláudio
(sorrindo):
Eu
queria te dar... (arregala os olhos) Oh meu
Deus!
Treinador! Cláudio
corre
desesperadamente até ele. Roma nada diz, apenas geme baixo
e continua com a mão no coração. Cláudio
(desesperado):
Treinador! Treinador! (começa
a gritar) Socorro! Alguém
me
ajuda! Socorro! Ele
olha
para Roma e começa a dar tapinhas em seu rosto. Cláudio
(desesperado):
Não, não, não, não, não... Por
favor, vamos! Seus
olhos
se enchem de lágrimas. Cláudio corre até a
porta. Um homem está passando pelo corredor. Cláudio o
segura, em desespero. Cláudio:
Pelo
amor de Deus! Os paramédicos! Uma ambulância! O
homem arregala os olhos, assustado. A imagem volta para
dentro da sala.
A câmera passeia devagar pelo chão, até chegar em
Roma. Fixa seu rosto por alguns segundos. Ele está de
olhos
abertos, mas aparentemente desacordado. A tela escurece. Créditos
Finais: Criado
e
Escrito por: Thiago
Monteiro Participação
Especial: Heather
Tom
como Ruth Stephen
Colletti
como Clayton Ed
Lauter
como Treinador George Música Tema: Switchfoot - Meant To Live Trilha Sonora: Yellowcard - Lights and Sounds Santana & Match Box 20 – Smooth McFly – All About You Atomic Kitten - The Tide is High Extreme – More Than Words Ronan Keating - I Love It When We Do Blink 182 – All the Small Things Green Day – Holiday Hawk Nelson - Every Little Thing The All-American Rejects – Move Along |