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Abre mostrando o céu estrelado. A câmera desce e podemos ver a fachada da casa de Amanda. Livia está de frente para a porta.

 

::. “A Bad Dream” - Keane

 

CLÁUDIO: (em off) É quando mergulhamos nas profundezas do nosso ser, dispostos a enfrentar as tempestades interiores, e nos entregamos ao sacrifício por amor, que descobrimos o verdadeiro significado desse sentimento. Ele transcende as aparências e se fortalece nos momentos mais desafiadores.

 

A porta abre e Amanda aparece do lado de dentro. Ela franze as sobrancelhas, surpresa.

 

LIVIA: Podemos conversar?

 

AMANDA: (surpresa) O que faz aqui?

 

LIVIA: Posso entrar?

 

Amanda parece receosa e encara Livia por alguns segundos. Depois ela abre a porta por completo e Livia acena com a cabeça, entrando. A cena muda para a parte de dentro. Livia está parada no meio da sala, perto do sofá. Amanda está alguns metros dali, encarando-a.

 

LIVIA: (se aproximando) Eu sempre soube que você é uma vagabunda... Mas com alto índice de insensibilidade, isso eu confesso que me surpreendeu um pouco.

 

AMANDA: Pra isso que você veio aqui? Me ofender? Pega a senha. 

 

LIVIA: Um mês que ele está preso naquele maldito hospital e mesmo sabendo o que ele sente por você, ainda assim não fez questão nenhuma de visitá-lo, mesmo que por dois minutos... Por quê?

 

AMANDA: (balançando a cabeça, em negação) Vá embora, Livia... Você não sabe de nada.

 

LIVIA: Quer saber o que eu sei? Sei que o Roger está mal, muito mal, e nesse momento precisa de todo apoio possível. Sei o que ele sente por você e também sei que tem parte da culpa pelo que aconteceu com ele. Mas mesmo sabendo disso tudo, eu não esperava que você agisse com tamanha indiferença e desprezo, ignorando o que ele está passando.

 

AMANDA: (com os olhos brilhando) Se eu tenho mesmo parte da culpa por ele estar naquele maldito lugar, o que faz aqui? Deveria agradecer por eu ter me afastado. 

 

LIVIA: Seria mesmo, muito melhor ver o Roger longe de você... E não é fácil para eu estar aqui... Eu queria que você sumisse de vez, Amanda. Mas acontece que mesmo com todos os seus defeitos, ele precisa de você.

 

AMANDA: (com os lábios tremendo) Por que ele precisa de mim?

 

LIVIA: Porque ele precisa sentir o calor das pessoas que ele mais ama... (se segura para não chorar) E quem sabe sua presença o estimule a voltar mais rápido. (breve pausa) Não é fácil te dizer algo assim. No meu íntimo, eu queria ser a pessoa que ele tivesse lutado, brigado, amado... Mas mesmo depois de tudo o que você fez, ele ainda te escolheu... E eu o amo muito pra deixar qualquer ato egoísta, atrapalhe sua recuperação.  

 

AMANDA: (segurando o choro) Eu não posso...

 

LIVIA: (indignada) Por quê? Por que se nega tanto a vê-lo?

 

AMANDA: (caindo em lágrimas) Eu não posso porque não teria coragem de olhar para ele daquele jeito, e não sentir vontade de me matar por causa disso.

 

Ela senta no sofá e chora.. Livia apenas a encara com certa expressão de pena.

 

AMANDA: (se acalmando) Todos os dias eu me cobro pelo que fiz... Pelas duras palavras que disse a ele naquela noite. Eu não consigo sair de casa, não consigo encarar as pessoas que presenciaram nossa discussão. Eu não consigo sequer me encarar no espelho... E como vou conseguir encará-lo? Como vou conseguir olhar para os pais dele?

 

Ela passa as mãos na cabeça e coloca as mãos sobre o rosto, caindo no choro outra vez. Livia se aproxima devagar e senta ao lado dela.

 

LIVIA: Ficar se remoendo, com vontade de sumir do planeta, não fará diferença alguma... Levanta e faça alguma coisa, nem que seja apenas para mostrar solidariedade. Não deixe que essa culpa toda que está sentindo agora, se torne ainda maior.

 

Amanda levanta o rosto e enxuga as lágrimas. Ela olha para Livia.

 

AMANDA: Eu sinto tanto, tanto... Eu não queria que nada disso tivesse acontecido. 

 

LIVIA: Ninguém queria... Mas aconteceu. Então foque-se em mudar o que vai acontecer.

 

Amanda concorda com a cabeça, soluçando. Livia toca a perna dela, levanta e depois sai. A câmera permanece focando em Amanda. Ela olha para a frente, pensativa. 

 

CLÁUDIO: (em off) A principal e grave punição para quem cometeu uma culpa, é sentir-se culpado, carregar o fardo das escolhas que nos assombram até decidirmos enfrentá-las de frente.

 

 

 

 

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Abre mostrando o sol nascendo. Em seguida corta para alguns takes da cidade até parar na frente do colégio Esplendor. Vários alunos transitam pelo gramado indo na direção do portão.

 

::.Forget It” - Breaking Benjamin

 

Sala de Aula. Cláudio aparece na porta e entra. Ele passeia por uma fileira até parar no meio. A câmera se movimenta, mostrando a última mesa vazia. Close no rosto de Cláudio que parece abatido. Ele abaixa a cabeça e volta a caminhar, sentando na penúltima mesa. Ele olha para a frente e avista Livia em pé no meio da outra fileira, olhando tristemente para a mesma mesa vazia. Os olhares dela a e de Cláudio se encontram. Eles sorriem levemente um para outro. Livia se aproxima e senta na mesa ao lado de Cláudio.  

 

 

Outra sala. A câmera segue Amanda caminhando até o fundo da sala e sentando na última mesa. Ela coloca o fichário em cima da mesa, mas acaba derrubando-o. Ela se inclina para o lado para pegar o fichário. Uma mão pega o fichário antes da dela. A imagem sobe, mostrando se tratar de Larissa na mesa ao lado. Ela coloca o fichário em cima da mesa de Amanda e sorri. Amanda retribui com um aceno com a cabeça e olha para a frente.

 

::.Forget It” - Breaking Benjamin (cont.)

 

LARISSA: Quem diria que voltaríamos para a mesma sala?

 

Amanda não responde e começa a escrever em uma folha. Larissa a olha por alguns segundos.

 

LARISSA: Como você está? Fiquei preocupada com seu sumiço.

 

Amanda continua ignorando-a. Larissa balança a cabeça, impaciente. Ela se inclina e tira a caneta da mão da amiga. Amanda lança um olhar furioso a ela.

 

AMANDA: (nervosa) Hei!

 

LARISSA: Até quando você vai me ignorar?

 

AMANDA: Sei lá... Pra sempre?

 

LARISSA: Eu sei que você está chateada comigo, e entendo que esteja. Mas não podemos passar uma borracha em cima de tudo? Hei, somo nós, melhores amigas... A irmã que você nunca teve apesar de ter. (sorri).

 

AMANDA: Melhores amigas? Irmãs? Nem amigas nós somos mais, Larissa. Que tipo de amiga muda de cidade e não retorna os telefonemas da outra? Tem noção do quanto eu precisei de você enquanto se divertia em sua nova vida?

 

LARISSA: Eu sei... É tudo culpa minha. Mas estou aqui tentando consertar as coisas.

 

AMANDA: (rindo) Besteira... (para de rir) Você não está aqui tentando consertar as coisas. Você quer é sua vida de volta... Está mais do que óbvio que você se decepcionou por lá, viu que não podia contar com ninguém, se sentiu sozinha, e resolveu voltar para onde era centro das atenções... Mas vou te dizer uma coisa... Não pense que ter voltado para a cidade fará as coisas entre nós voltarem a ser como antes... Não, não irão.

 

Ela volta a escrever na folha. Larissa se vira para a frente e cruza os braços, bufando em seguida. Após alguns segundos Amanda se vira para ela novamente.

 

AMANDA: E não vai pensando que vai roubar o Cláudio da Helen, pois você não o merece. E se depender de mim, minha melhor amiga é que vai ficar com o coração dele.

 

LARISSA: Vocês são melhores amigas agora? Ótimo.

 

Amanda a olha em tom ameaçador. Larissa entorta a boca e volta a fixar o olhar para a frente.

 

 

Outra sala. Helen está sentada na fileira do meio. Ela parece prestar atenção no que o professor escreve na lousa. Corta para o seu braço, onde vemos um lápis cutucando-a. Helen entorta a boca.

 

::.Forget It” - Breaking Benjamin (cont.)

 

HELEN: Tem dever na lousa.

 

A câmera se movimenta mostrando Gustavo na mesa ao lado. Ele está sorrindo.

 

GUSTAVO: Eu tenho um ritual de não fazer nada no primeiro dia de retorno.

 

HELEN: Você tem um ritual de não fazer nada o ano inteiro.

 

GUSTAVO: E não é engraçado que mesmo assim meu boletim é melhor que o seu?

 

HELEN: Era melhor... Agora eu voltei a levar a sério.

 

GUSTAVO: (sorrido) Aí é que tá... Pra você obter notas razoáveis, precisa levar a sério. Já eu, não.

 

HELEN: (erguendo as sobrancelhas) Bom pra você. Agora me deixa voltar a me concentrar.

 

GUSTAVO: Para... Não tem nada de relevante na lousa e sua mente está em outro lugar. Do contrário estaria copiando e não parada olhando o professor escrever.

 

HELEN: (respirando fundo) O que você quer?

 

GUSTAVO: (sorrindo) Quero saber como andam as coisas... Faz tempo que a gente não tem um papo legal.

 

HELEN: Se não ficasse atrás da Nicole pra cima e para baixo que nem um cãozinho carente, talvez a gente tivesse mais tempo de conversar.

 

GUSTAVO: Eu não fico atrás da Nicole que nem um “au, au”, fala sério! E você também tem culpa no cartório, já que também ficou as férias inteiras atrás do Cláudio.

 

HELEN: Pois é... E neste caso admito que fui meio trouxa mesmo.

 

GUSTAVO: As coisas não andam nada bem entre vocês, presumo?

 

HELEN: Nossa! Chegou a essa conclusão sozinho?

 

GUSTAVO: (sorrindo) Estava sentindo falta do sarcasmo... Mas relaxa, a princesinha de Bom Destino voltou com a bola meio murcha. Não vai ser tão fácil assim perdê-lo para ela.

 

HELEN: Nem é bem isso que estou preocupada... Mas quer saber? Eu acho que não tenho sorte para essas coisas de relacionamentos.

 

GUSTAVO: Não fala assim, leite condensado... Você é criança ainda... Se não for com ele, até o final do ano você se acerta com outro jogador.

 

HELEN: (olhando cinicamente) Muito engraçado... Lembra da última vez que me chamou de Maria chuteira?

 

GUSTAVO: (rindo) Lembro... (para de rir) E doeu muito meu braço... Mas falando sério... Se o banana escolher ficar com a Miss Esplendor ao invés de você, provará que é o cara mais burro do planeta, e que você, meu pedacinho de céu, merece alguém muito, mas muito melhor que ele.

 

HELEN: (sorrindo timidamente) Obrigada, Gu. Você sabe como me colocar para cima.

 

GUSTAVO: Mas você também precisa partir para o ataque.

 

HELEN: Partir para o ataque?

 

GUSTAVO: Claro! O que você aprendeu na sua época de rebeldia? Ser mais ousada. Então coloque isso em prática. Não fique se lamentando e corra atrás do que quer. Assim como eu estou fazendo.

 

HELEN: (sorrindo) No seu caso a palavra certa seria gado.

 

GUSTAVO: (sorrindo ironicamente) Muito engraçado... Mas é sério, coloque-o na parede. Chega nela também e diz assim... Escuta aqui ô sua biscate, o bofe é meu e você não vai roubá-lo de mim!

 

Helen começa a rir. Gustavo sorri, satisfeito.

 

GUSTAVO: Mandei bem, não foi?

 

HELEN: Muito bem... E sabe o que foi melhor? Você não ter tido noção do tom dessa última frase.

 

Gustavo franze as sobrancelhas. A câmera abre, mostrando a classe inteira olhando para ele, inclusive o professor.

 

PROFESSOR: Sua opção sexual não me interessa, jovem... Mas se continuar atrapalhando minha aula, você vai dar “piti” lá na diretoria. Entendeu?

 

A classe toda começa a rir. Gustavo balança a cabeça, em negação.

 

GAROTO: (em off) Hei, Gu... Não conhecia esse seu lado “mulher fatal”.

 

GUSTAVO: (virando-se para o rapaz) Você pegou um texto isolado, ô idiota... Eu estava dando um exemplo a ela... (olhada geral) Todos vocês são idiotas.

 

 

Hospital. Vera está em uma sala, sentada em uma poltrona. Silvia aparece segurando uma xícara. Ela entrega a xícara para Vera e senta no sofá ao lado, ficando de frente para ela.

 

::.Suffering” - Satchel

 

VERA: (pegando a xícara) Obrigada.

 

SILVIA: Apesar das circunstâncias, estou feliz que esteja de volta... (toca a perna da amiga) Como você está?

 

VERA: A dor do último mês, é uma dor que não vai sarar... Mas meu primogênito precisa de mim. E é por ele que eu vou levantar a cabeça e seguir em frente.

 

SILVIA: Eu queria que soubesse que eu quis te visitar na clínica, mas não sabia se era o momento certo.

 

VERA: (sorrindo levemente) Não se preocupe com isso... Do jeito que eu estava, era bem capaz de eu nem te reconhecer. Aliás, talvez até te convidaria para pegar o travesseiro no colo um pouco.

 

SILVIA: (sem jeito) Sobre isso...

 

VERA: (interrompendo) Não, eu não tenho mais alucinações com o Cayro. Agora eu sei que ele permanece vivo, mas aqui.

 

Ela coloca a mão no coração e fecha os olhos. Silvia sorri emocionada e depois segura a mão da amiga.

 


Um bar. Lucio e Arthur estão sentados de frente para o balcão, conversando descontraidamente. Há dois copos pela metade, mas sem que possamos distinguir a bebida.

::. “Suffering” - Satchel (cont.)

ARTHUR: (suspirando) Sabe, não que eu esperasse que as coisas pudessem voltar ao normal... Eu sei que não vão. Mas ver o olhar dela cheio de acusações doeu.

LUCIO: É preciso dar um pouco mais de tempo, meu amigo. Tudo ainda está muito recente para ela. Ela te culpa para aliviar a própria culpa, já te falei disso.

ARTHUR: É que, pela primeira vez quando saímos da clínica, senti alguma esperança. Mas no caminho para o hospital, no primeiro farol, ela tratou logo de esfriar tudo, dizendo que estaria ali apenas pelo nosso garoto, e não por nós dois. (leva o copo à boca) E se não bastasse tudo isso, ainda tenho que lidar com o processo.

LUCIO: E o que o advogado disse sobre isso?

ARTHUR: Ele disse para não esperar pelo pior no julgamento. Mas, sinceramente, com a maré que anda contra mim, esperar pelo pior é mais que normal.

LUCIO: (tocando o ombro do amigo, solidário) Sei que está muito difícil para você, mas o processo de cura, de reconstrução, é assim mesmo, longo. Apenas continue no caminho certo, logo as coisas vão melhorar.

ARTHUR: (concordando com a cabeça) Vou persistir... Já disse uma vez, mas preciso dizer de novo... Você é um grande amigo, Lucio.

LUCIO: (sorrindo) Você também, meu amigo. Conta comigo.

Arthur sorri e levanta o copo. Lucio pega seu copo e brinda com ele. Ambos bebem e voltam a conversar, mas o som aumenta, encobrindo o que eles dizem. A câmera começa a se afastar devagar, ao mesmo tempo em que a tela vai escurecendo. 

 

 

Abre mostrando Paulo na sua mesa, sentado e folheando uma revista. Ouve-se duas batidas na porta.

 

PAULO: Entra.

 

A porta abre e Cláudio aparece.

 

CLÁUDIO: O senhor queria falar comigo?

 

PAULO: Sente-se, por favor.

 

Cláudio fecha a porta e vai até a cadeira da frente, sentando. Paulo o observa por alguns segundos. Cláudio franze a testa, confuso.

 

CLÁUDIO: Fiz alguma coisa errada?

 

PAULO: Você sabe que eu não sou de rodeios, então vou direto ao assunto... Quero você de volta no time.

 

CLÁUDIO: (surpreso) Está falando sério?

 

PAULO: O time está desfalcado desde a sua saída e a de seu primo. Parece que pelo novo regulamento, não podemos inscrever mais ninguém depois de dois jogos, e sinceramente, fazer testes agora é perda de tempo. Precisamos de você.

 

CLÁUDIO: Então precisa de mim porque o time está desfalcado? Mais precisamente porque tá sobrando espaço no banco?

 

PAULO: Preciso de você porque é bom jogador.

 

Cláudio fica sem reação, completamente surpreso.

 

PAULO: Indisciplinado, é fato... Mas ainda assim, bom jogador. Esse mês que ficamos parados, me fez rever um pouco certos conceitos e refletir melhor sobre certas coisas, como por exemplo, sua exclusão permanente no time.

 

CLÁUDIO: (indeciso) Eu não sei... Ouça, eu agradeço a segunda chance, mas naquela época eu já não estava com a cabeça no jogo e agora muito menos. Vocês ficarem desfalcados ainda é melhor do que me ter no time.

 

PAULO: A decisão é sua... Mas vou compartilhar uma experiência pessoal com você. Às vezes, direcionar a mente para outras atividades pode ser uma terapia eficiente. É como se você se transportasse para outro mundo por um instante, e nesse momento consegue esquecer temporariamente dos problemas. E acredite em mim, não há melhor refúgio do que estar aqui, na quadra, com a bola rolando. Então, sugiro que pense bem sobre o assunto e, caso decida se dar uma nova chance, esteja presente no treino amanhã à tarde.

 

CLÁUDIO: (sorrindo) Obrigado, treinador... Prometo que vou pensar  no assunto. 

 

Paulo acena com a cabeça. Cláudio levanta e vai até a porta, abrindo-a. Antes de sair ele se vira novamente para Paulo.

 

CLÁUDIO: Treinador... Lamento por sua perda.

 

PAULO: (após alguns segundos) Obrigado.

 

 

Ginásio. Cláudio caminha pelo corredor, indo na direção da porta.

 

LARISSA: (em off) Essa quadra não te traz boas lembranças?

 

Cláudio para e olha para cima. Close em Larissa sentada na última fileira da arquibancada.

 

CLÁUDIO: Um treinador morreu nessa quadra e eu saí no soco com meu primo... Não, não me traz boas lembranças.

 

LARISSA: (levantando e descendo) Refiro-me a nós dois.

 

CLÁUDIO: Também não... Aqui você me ignorou a vida inteira e vira e mexe se esfregava com o Léo na minha frente.

 

LARISSA: Meu Deus, como você está mal-humorado... Custa ser um pouquinho simpático?

 

CLÁUDIO: Pra você, sim... Me deixa em paz, Larissa.

 

Ele volta a caminhar. Larissa o acompanha.

 

LARISSA: Vai na fogueira hoje à noite? Eu ajudei a organizar.

 

CLÁUDIO: O que você acha?

 

LARISSA: Vamos fazer o seguinte... Se você for na fogueira hoje à noite, eu prometo te deixar um pouquinho em paz. Caso contrário, eu grudarei em você que nem carrapato.

 

CLÁUDIO: (sorrindo) E não é o que já está fazendo?

 

LARISSA: (sorrindo) Ainda não explorei todas as minhas especialidades de stalker e posso te garantir que tem muito mais escondido... O que diz? Uma noite apenas.

 

Eles param em determinado ponto do lado de fora do ginásio. Cláudio fica pensativo. Larissa insiste com o olhar.

 

CLÁUDIO: Promete me deixar em paz depois?

 

LARISSA: (dando os ombros) Se você conseguir ficar muito tempo longe de mim, prometo.

 

CLÁUDIO: Mas não é um encontro.

 

LARISSA: (sorrindo) Não é um encontro.

 

Cláudio entorta a boca e segundo depois sai. Larissa permanece parada, sorrindo de forma vitoriosa.

 

 

Quarto de Amanda. Ela está sentada de frente para o espelho, se penteando. A câmera abre, mostrando Helen sentada na cama.

 

::. “Love Story” - Katharine McPhee

 

HELEN: Fiquei tão feliz por você ter me ligado. 

 

AMANDA: Não desconversa... Você entendeu o que eu disse?

 

HELEN: (revirando os olhos) Entendi, a Larissa está atrás do Cláudio... Mas o que eu posso fazer?

 

AMANDA: (virando-se para Helen) O que você pode fazer? Que tal deixar de ser pacífica e entrar na briga pelo garoto?

 

HELEN: Ouça, se o Cláudio quer fazer leilão pelo coração dele, que fique com ela de vez. E pelo que me consta, depois de nossa última conversa, acho difícil ele querer alguma coisa comigo nesse momento.

 

AMANDA: Helen, deixa de ser pessimista no que diz respeito ao seu coração.

 

HELEN: E eu não tenho motivos pra ser? Cite um relacionamento meu que durou seis meses pelo menos?

 

AMANDA: Talvez você tenha sido um pouquinho azarada em suas duas primeiras tentativas... Mas diferente dos outros dois, o Cláudio está aqui e não vai embora... Bom, pelo menos até a faculdade.

 

HELEN: (sorrindo) Que bom que você já está quase normal.

 

AMANDA: (irritada) Helen, já disse, não desconversa! Vai mesmo permitir que a Larissa, que só está aqui porque provavelmente levou um belo de um chute na capital, venha e roube o Cláudio de você?

 

HELEN: Se ele ainda mantém sentimentos por ela, não seria roubo.

 

AMANDA: (bufando) Brr, desisto! 

 

HELEN: (rindo) Estou brincando, sua boba... Okay, diga-me exatamente o que eu devo fazer.

 

AMANDA: (sorrindo) Agora sim estamos na mesma sintonia.

 

Amanda se aproxima e senta na cama ao lado dela. Ela começa a dialogar, mas o som aumenta e encobre o que ela diz. Helen balança a cabeça, atenta ao que a amiga está dizendo.

 

 

A imagem transparece para o céu escuro. A câmera desce mostrando um campo aberto. Vários jovens estão no local. Close em um carro com o porta-malas aberto, mostrando potentes caixas de sons. No centro é possível ver várias madeiras onde a fogueira será acesa. A imagem se movimenta até Felipe e Priscila que caminham conversando. Felipe segura um copo plástico.

 

::. “Love Story” - Katharine McPhee (cont.)

 

PRISCILA: Quem inventou esse evento? Não me lembro de ter alguma fogueira nos anos anteriores.

 

FELIPE: Parece que é ideia da Larissa. Deve ter tirado de alguma dessas séries que passam na TV.

 

PRISCILA: (sorrindo) Óbvio que a patricinha precisava de alguma coisa para voltar a ser o centro das atenções.

 

FELIPE: (sorrindo) Está com inveja?

 

PRISICLA: Eu? Da Larissa? Olha pra mim Felipe, sou mais eu.

 

FELIPE: (sorrindo) Eu também sou mais você.

 

Eles param e se olham por alguns segundos. Depois olham para os lados, constrangidos.

 

PRISCILA: Como estão suas notas? Será que finalmente você se formar este ano?

 

FELIPE: Boas...

 

PRISCILA: (desconfiada) Felipe?

 

FELIPE: Mais ou menos... Eu sou péssimo na arte de estudar. 

 

PRISCILA: E ótimo na arte de vagabundar, eu sei. Pelo jeito ano que vem a gente pode cair na mesma sala então?  

 

FELIPE: Deus me livre! Eu não posso repetir outra vez. Se isso acontecer meus pais me deserdam. O problema é que esse semestre é o mais difícil.

 

PRISCILA: Eu posso te ajudar a estudar se quiser. Posso te ensinar.

 

FELIPE: (rindo) Me ensinar? Não me leva a mal, Pri, mas você está no segundo ano. 

 

PRISCILA: Mas com uma mente de universitária. Apesar da aparência superficial, eu sou uma das mais inteligentes do colégio. Até pensei em me formar mais cedo, mas não quis perder a farra.

 

FELIPE: (pensativo) Não vai me bater com a régua, vai?

 

PRISCILA: (sorrindo) Só se você desobedecer. 

 

Eles riem e voltam a andar. A câmera se movimenta até Larissa que caminha sorridente. Ela para perto de um rapaz e gesticula algo para ele, voltando a andar em seguida, sorrindo ainda mais ao ver Cláudio logo à frente.

 

LARISSA: (se aproximando, feliz) Você veio mesmo! 

 

CLÁUDIO: (sorrindo) Bom, com a proposta tentadora de você me deixar em paz, não poderia deixar de vir.

 

LARISSA: (sorrindo) Sei, fala que tentador de verdade não é estar comigo agora?

 

CLÁUDIO: (mudando de assunto) Está legal aqui. A fogueira...

 

LARISSA: Uhum... Quer beber alguma coisa?

 

Cláudio concorda com a cabeça. A câmera gira até Helen e Gustavo que caminham entre as pessoas.

 

HELEN: Por que me arrastou até aqui, Gustavo? Sabe muito bem que foi a Larissa que organizou.

 

GUSTAVO: Fontes muito seguras afirmam que o Cláudio aceitou o convite da Miss e estará aqui hoje. Seja lá o que você combinou com a Amanda, a noite é esta!

 

HELEN: Não tenho certeza se estou preparada.

 

GUSTAVO: Hei, sem arregar... Você quer beber primeiro? Talvez um pouco bêbada te deixe mais solta.

 

Helen o olha com o canto dos olhos. Gustavo ri.

 

GUSTAVO: (rindo) Estou brincando... Já passamos dessa fase... Vamos.

 

 

Corta para uma porta abrindo e David aparecendo. Ele expressa surpresa e sorri em seguida. A câmera gira mostrando Amanda parada do lado de fora.

 

AMANDA: Posso entrar?

 

DAVID: (feliz) Mas é claro, meu amor.

 

Ele abre a porta por completo. Amanda entra. A cena muda para a parte de dentro. Amanda se aproxima da cama. David permanece perto da porta que já está fechada.

 

::. “What About Now (Acoustic)” - Daughtry

 

DAVID: Você está bem? Não faz ideia do quanto estou feliz em te ver. Senti tantas saudades.

 

Ele se aproxima para abraçá-la, mas Amanda coloca a mão no peito dele, barrando-o. David dá um passo para trás.

 

AMANDA: Eu não vim aqui pra gente se acertar, David.

 

DAVID: (confuso) Não?

 

AMANDA: (respirando fundo) Vim porque precisava colocar um ponto final nesse relacionamento.

 

Close no rosto de David que desfaz a expressão alegre. Um breve silêncio toma os dois.

 

DAVID: Por quê? Eu pensei que a gente... E-eu pensei quê...

 

AMANDA: David, no fundo você sabia que eu faria isso... Eu fiquei um mês sem sair de casa... Um mês sem ver meus amigos. Mas de todos que eu me afastei, de quem eu mais queria distância, era você.

 

DAVID: Eu sei que você está abalada pelo que aconteceu com o Roger e se culpa por isso... Me culpa especialmente... Mas qual é, Amanda... Nenhum de nós teve culpa no que aconteceu.

 

AMANDA: Eu o traí, eu trouxe você pra cá, disse tantas barbaridades a ele... Como dizer que não somos culpados de alguma coisa?

 

DAVID: (após alguns segundos) Mas e aquele lance forte a gente sentia um pelo outro?

 

AMANDA: Foi algo passageiro... Sentir que eu podia perder o Roger para sempre, me fez perceber o quanto ainda é forte o que sinto por ele. E do quanto eu me arrependo de ter destruído a imagem que ele tinha de mim.

 

David abaixa a cabeça, entristecido. Os olhos de Amanda começam a brilhar.

 

AMANDA: Mas agora eu quero passar o maior tempo possível ao lado dele, esperando que ele se recupere... E nesse tempo, não posso me distrair com outras coisas... Especialmente você.

 

DAVID: (se segurando para não chorar) Então é isso? Acabou?

 

AMANDA: Acabou.

 

Eles se encaram por alguns segundos. Amanda abaixa a cabeça e se desloca para sair. Ao passar por David, ele segura o braço dela.

 

DAVID: (com voz chorosa) O que eu faço agora?

 

AMANDA: (com pesar) Eu não sei... Volta para a sua cidade, ou fique aqui... Mas eu gostaria muito que não me procurasse mais.

 

David solta o braço de Amanda. Ela abre e porta e sai. David fica parado, sem reação. Segundos depois, ele vai devagar até a cama e se senta. Seus olhos se enchem de lágrimas. A câmera começa a se afastar devagar, ao mesmo tempo em que a tela vai escurecendo.  

 

 

Abre no campo. Helen avista Cláudio sozinho e ameaça ir até ele, mas para, demostrando falta de coragem. Segundos depois ela esboça a mesma reação, mas é interrompida por Larissa que aparece atrás dela.

 

::.So Small” - Carrie Underwood

 

LARISSA: Não vai dar em nada você ir até ele.

 

Helen para e se vira, ficando de frente para Larissa.

 

LARISSA: Ouça, Helen... Eu não tenho nada contra você, e até comecei a me simpatizar com a sua pessoa antes de me mudar. Mas não tente competir comigo, especialmente no que diz respeito ao coração do Cláudio.

 

HELEN: E desde quando existe uma placa de “Propriedade da Larissa” pregada nele?

 

LARISSA: Desde que ele é apaixonado por mim desde criança. E isso não some em poucos meses... Querendo ou não, estou em plena vantagem aqui.

 

HELEN: Mas antes de você reaparecer, ele havia dito que queria ficar comigo.

 

LARISSA: Escutou bem o que você disse? Antes de eu reaparecer... Quando ele pensava que a gente não ia mais se ver. Claro que ele ia tentar seguir em frente. Mas acontece que eu estou de volta, e as coisas mudaram agora. Por mais chateado que ele ainda deve estar, no final, ele vai voltar pra mim.

 

Helen fica sem ter o que dizer, expressando abatimento. Larissa a olha com pesar.

 

LARISSA: Você tem todo o direito de tentar... Vá em frente, tente. Mas vai ser de cortar o coração quando ele te disser a mesma coisa que disse à Priscila quando terminou com ela para ficar comigo... Na verdade, algo próximo também de quando ele te trocou para ir ao baile comigo no ano passado. Eu tenho todo um histórico a meu favor, e você sabe muito bem.

 

Ela sorri e sai. Helen morde os lábios e abaixa a cabeça. Depois levanta o olhar na direção em que Cláudio está e fica pensativa.

 

 

Cláudio, Felipe e Gustavo conversam encostados em um carro.

 

::.So Small” - Carrie Underwood (cont.)

 

FELIPE: Isso é ótimo! Volta sim para o time, cara.

 

GUSTAVO: Ainda mais agora que sobrou uma vaga de titular, você  não vai mais precisar ficar se humilhando, tentando roubar a vaga do craque aqui.

 

Ele sorri e aponta para si. Cláudio ri e balança a cabeça.

 

FELIPE: Mas é sério... O time precisa de você, e tenho certeza que o Roger ficaria feliz em saber que você voltou a jogar.

 

GUSTAVO: E em breve ele vai demonstrar essa felicidade aí, torcendo por você lá da arquibancada.

 

CLÁUDIO: (reflexivo) Eu vou pensar direito sobre essa possibilidade.

 

Nesse instante, Helen aparece e fica de frente para Cláudio.

 

HELEN: Posso falar com você um instante?

 

CLÁUDIO: Claro, Helen.

 

FELIPE: (para Gustavo) Que tal irmos encontrar algumas garotas?

 

GUSTAVO: Ótima ideia. Mas estive pensando em passar na casa da Nicole... O que acha?

 

FELIPE: Ainda tentando me provocar com isso? Está mais obsessivo por ela do que eu na época.

 

Eles se deslocam para sair. Ao passar por Helen, Gustavo fala ao seu ouvido.

 

GUSTAVO: Mete bronca, minha garota.

 

Ela sorri para ele. Felipe e Gustavo saem. Cláudio e Helen se encaram por alguns instantes.

 

HELEN: Eu insistindo tanto pra você sair um pouco e ela consegue te arrastar até para uma festa.

 

CLÁUDIO: Helen, não é o que você está pensando.

 

HELEN: Tudo bem... (suspira) Eu sei que ainda está com raiva de mim pelas coisas que eu disse no parque e pelo conselho no baile... Mas eu não vou me desculpar por isso, porque eu sei que lá na frente você vai perceber que eu não estava errada.

 

Cláudio observa atentamente, mas sem dizer nada. Helen se aproxima um pouco.

 

HELEN: Eu poderia também deixar pra lá, porque nós sabemos que nossa amizade não vai ter fim, uma hora ou outra a gente se acerta... Mas acontece que você mexeu comigo, Cláudio, e temo até em pensar que esse sentimento não é recente.

 

Cláudio continua ouvindo com atenção. Helen se aproxima mais.

 

HELEN: Sei que a volta dela mexeu com você... E não adianta negar porque está estampando no seu rosto... Mas eu já perdi tanto sendo pacífica, desistindo sem ao menos lutar pelo que quero... (se aproxima ainda mais dele) Um único beijo naquele baile, algo pego de surpresa ainda, é pouco pra mostrar alguma coisa.

 

Ela aproxima seu rosto ao dele. Cláudio fica ofegante.

 

CLÁUDIO: (ofegante) Helen...

 

HELEN: O intenso, o verdadeiro, o que poderia significar algo, estava guardado para depois. E nós não tivemos a chance de fazê-lo.

 

O som aumenta e toma conta da cena. Helen aproxima seus lábios e beija Cláudio. Ele não resiste e fecha os olhos. Eles começam a se beijar com ternura, aumentando a intensidade em seguida. Após alguns segundos, eles afastam seus rostos e se olham fixamente. Cláudio a beija outra vez e dessa vez com um beijo ainda mais intenso.

 

 

Corta para Larissa caminhando e segurando dois copos nas mãos. Ela para imediatamente ao ver Cláudio e Helen se beijando. Gustavo se aproxima e fica ao lado dela.

 

::.So Small” - Carrie Underwood (cont.)

 

GUSTAVO: (sorrindo) Aposto que quando você me convidou para a fogueira, e citou o nome do Cláudio, na clara intenção de provocar a Helen, não contava que estaria dando um tiro no próprio pé, huh?  

 

Larissa olha para ele, surpresa. Gustavo sobe e desce as sobrancelhas.

 

GUSTAVO: Isso prova que minha amiga não é boba e inocente como você pensava... E você não é tão esperta e manipuladora, quanto imaginava.

 

Ele abre um largo sorriso provocativo. Larissa fecha a cara.

 

GUSTAVO: Te vejo por aí, princesinha de Bom Destino... Cinco a zero para a Helen.

 

Ele pisca para ela e sai. Larissa olha novamente na direção de Cláudio e Helen e joga os copos no chão, saindo em seguida.

 

 

Corta para Helen e Cláudio parando de se beijar. Eles voltam a se olhar fixamente, e depois Helen se afasta. Cláudio fica boquiaberto. Helen sorri para ele e se afasta ainda mais.

 

::. “Don't Wait” - Dashboard Confessional

 

CLÁUDIO: (sem fôlego) Espera, espera... Aonde você vai?

 

HELEN: (sorrindo) Pra casa, onde mais? Não precisa vir atrás de mim, fica aí refletindo. Acho que agora você tem material pra poder escolher.

 

Cláudio continua boquiaberto. Helen sorri mais uma vez e sai com uma expressão completamente vitoriosa. A câmera permanece em Cláudio, que parece confuso. Ele coloca a mão na boca e sorri em seguida.

 

 

A câmera se afasta e sobe mostrando o céu estrelado por alguns segundos. Aos poucos começa a amanhecer. A imagem desce, mostrando a frente do colégio Esplendor, cortando para dentro da quadra.

 

Paulo está em pé, próximo da trave, fazendo algumas anotações em um caderno. No meio da quadra vemos os jogadores se alongando. Close em Gustavo que cutuca Felipe e aponta para a frente com a cabeça. A câmera se movimenta mostrando Cláudio caminhando pelo corredor até entrar na quadra. Ele se aproxima de Paulo.

 

::. “Don't Wait” - Dashboard Confessional (cont.)

 

CLÁUDIO: (em off) É no desenrolar de certos fatos que a vida se torna ainda mais surpreendente... Você descobre que aquilo que um dia julgou não fazer mais parte, hoje é sua melhor opção para seguir em caminhando.

 

Cláudio e Paulo se encaram por alguns segundos. Cláudio abre a boca para falar, mas Paulo intercepta.

 

PAULO: Está cinco minutos atrasado... Próximo atraso vai observar o treino da arquibancada.

 

CLÁUDIO: (sorrindo) Sim senhor.

 

Ele sai e vai na direção do vestiário. Enquanto caminha, ele olha para Gustavo e Felipe, que estão sorrindo. Cláudio sorri também. Close no rosto de Paulo.

 

CLÁUDIO: (em off) E descobre que tem muito mais em comum com alguém que um dia tanto criticou, do que poderia imaginar.

 

Paulo sorri e depois se movimenta, colocando o apito na boca e assoprando.

 

 

Hospital. A câmera se aproxima da cama em que Roger está. Uma mão acaricia seu cabelo. A imagem sobe, mostrando se tratar de Amanda. Seus olhos estão vermelhos, cheios de lágrimas, e seus lábios tremem. Ela fecha os olhos, derramando lágrimas no rosto.

 

::. “Don't Wait” - Dashboard Confessional (cont.)

 

AMANDA: (chorando) Me perdoa meu amor... Me perdoa.

 

Ela aproxima seu rosto e beija carinhosamente a testa dele. A câmera se afasta, passando por um vidro e mostrando Livia observando a cena.

 

CLÁUDIO: (em off) E descobre que amar de verdade requer sacrifício... Nem que para isso seja necessário renunciar.

 

Ela abaixa a cabeça e fecha os olhos. Lentamente a tela escurece.

 

 

 

 

 

 

CREDITOS FINAIS:

 

CRIADO E ESCRITO POR:

 

Thiago Monteiro

 

PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS

 

Jesse McCartney como David

 

MÚSICA TEMA

 

“Meant To Live” - Switchfoot

 

TRILHA SONORA

 

A Bad Dream” - Keane

Forget It” - Breaking Benjamin

Suffering” - Satchel

Love Story” - Katharine McPhee

What About Now (Acoustic)” - Daughtry

So Small” - Carrie Underwood

Don't Wait” - Dashboard Confessional

 

Copyright © 2007

 

 

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