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Fachada da casa de Cláudio. É dia. A câmera se aproxima da janela na parte de cima, transparecendo para dentro do quarto. Cláudio digita algumas coisas no computador.

 

::. “I Wish You Would” - Train

 

CLÁUDIO: (em off) “Para que as pessoas possam um dia voltar a se entender, duas coisas devem ser quebradas... O orgulho e o rancor. O orgulho, quando uma das partes dá o primeiro passo, e o rancor, quando ambos resolvem passar por cima de tudo o que aconteceu”.

 

Cláudio para o que está fazendo e encosta na cadeira, ficando pensativo. A câmera mostra a tela do computador, onde podemos ver a caixa de e-mails, uma mensagem em especial no remetente diz “Oi primo”. Cláudio fica hesitante por alguns segundos, mas acaba clicando na mensagem. Close em sua expressão curiosa, e segundos depois, ele sorri.

 

A câmera mostra outra vez a tela do computador, e nela podemos ver a foto de Bruno segurando um recém-nascido no colo. Ele veste roupas como se estivesse dentro da sala cirúrgica. Sua aparecia é de quem está feliz.

 

CLÁUDIO: (falando alto) Mãe! Vem aqui um pouco.

 

Close em seu dedo no mouse, girando a bolinha do meio. Vemos a tela subindo e outras imagens da criança aparece, parando com Bruno ao lado da cama com uma garota e seu filho. Silvia aparece no quarto e se aproxima do computador. Cláudio desloca o monitor para mostrá-la.

 

CLÁUDIO: (sorrindo) Olha só.

 

SILVIA: (admirada, sorrindo) Que coisinha mais linda! Sua tia me ligou ontem à noite para avisar que tinha nascido. É um meninão.

 

CLÁUDIO: É uma graça mesmo.

 

SILVIA: Você vai ligar para dar os parabéns?

 

CLÁUDIO: Não sei, esse é nosso primeiro contato desde que paramos de nos falar.

 

SILVIA: Alguém tinha que dar o primeiro passo... E só o fato de seu primo ter mandado essas fotos, mostra que é importante para ele que você conheça seu filho. Nós já superamos mágoas maiores, meu amor.

 

Ouve-se um estrondo de algo caindo e quebrando. Silvia e Cláudio se olham.

 

SILVIA: Deixe-me ir ver o que seu irmão acabou de aprontar. (beija o rosto de Cláudio) Pensa com carinho.

 

Ela sai. Cláudio volta a olhar para o monitor e ficar pensativo. Segundos depois ele pega o celular da mesinha e começa a discar. 

 

CLÁUDIO: (após alguns segundos) Hei... Acabei de ver o e-mail... (sorri) Parabéns, papai.

 

BRUNO: (off, telefone) Obrigado, primo. Que felicidade falar com você.

 

CLÁUDIO: Eu também... E como o garotão se chama?

 

O som toma conta do ambiente, encobrindo o que ele fala. A câmera começa a se afastar, até parar perto da cama. Frisa a imagem de Cláudio conversando ao telefone, feliz. Segundos depois a tela escurece.

 

 

 

 

 

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Restaurante da família da Nicole. A câmera passeia pelo local, dando a perceber que acabara de receber uma pequena reforma. Um palco está sendo montado no fundo. Nicole está sentada perto do balcão, segurando um sanduiche. Abaixo, no balcão, há um prato com guardanapos dentro e ao lado um copo com suco de laranja.

 

Do lado de dentro do balcão Gil levanta o prato de Nicole e começa a passar pano embaixo. Nicole o olha com indignação.

 

::. “Let's Make This Moment A Crime” - The Format

 

NICOLE: Ô assalariado, não tá vendo que eu tô comendo?

 

GIL: (sorrindo) Desculpa, folgada, mas faz mais de uma hora que estou esperando você terminar esse sanduíche.

 

NICOLE: Isso se chama mastigar para uma boa digestão... Quando eu encomendar a morte do George e herdar essa espelunca, vou fazer questão de me envolver só para te ensinar bons modos. 

 

George passa por eles carregando uma caixa de engradados. Ele para perto de Nicole.

 

GEORGE: Se eu estivesse exercendo meu cargo agora, te daria voz de prisão por ameaça em público.

 

NICOLE: (olhando para os lados) Público? Que público? O Gil conta como alguém?

 

Gil faz caretas para ela que retribui com um sorriso. George vai até a porta, onde Martha está.

 

MARTHA: Você não acha que a Nicole tem passado tempo demais por aqui nos últimos dias? Pra quem odiava só ter que passar pela porta.

 

GEORGE: Eu tenho minhas suspeitas.

 

NICOLE: Eu ouvi isso, seus surdos... (para Gil) Esse é o cochichar deles... Imagina quando você quer dormir e a televisão está ligada? Meu Deus! (para Martha e George) E respondendo essa insinuação sem cabimento, não, eu não tenho o mínimo interesse no Gil.

 

George dá um selinho em Martha e depois passa pela porta. Martha vai ao encontro de Nicole e Gil.

 

MARTHA: Está ficando muito bonito isso aqui, não é mesmo?

 

GIL: Espere até começar a bombar.

 

NICOLE: Se eu precisasse de mais evidências de que caí na família errada, bastaria observar a capacidade de vocês de ouvirem um novato e transformar o restaurante no "QG dos Delinquentes de Bom Destino".

 

GIL: (para Martha, empolgado) Não dê ouvidos a ela. A gente pode bolar os mais diversos eventos por aqui, como noite dos talentos, terror, cinema...

 

MARTHA: (animada) Da Luluzinha!

 

NICOLE: Da Luluzinha?

 

MARTHA: Pensa bem, você pode chamar suas amigas e a gente fazer uma noite só de garotas... (sobe e desce as sobrancelhas) Podemos até contratar alguns stripers, huh?

 

NICOLE: (para Gil) Que mãe você conhece que oferece uma noite carnal para sua filha adolescente?

 

MARTHA: (fingindo que está dançando) Ninguém vai arrancar pedaço de ninguém.

 

GIL: É uma ótima ideia, mas acho um pouco fora de cogitação.

 

MARTHA: Por quê?

 

GIL: (rindo) A Nicole não tem amigas para chamar.

 

MARTHA: (rindo) Por que isso não me surpreende?

 

NICOLE: É um complô contra mim, certo? Estou quase desejando que tudo seja um grande fiasco.

 

MARTHA: Eu não torceria por isso... Se falirmos você terá que terminar seus estudos em um colégio público. Você quer?

 

NICOLE: (revirando os olhos) Espero que pelo menos eu possa ganhar um aumento de mesada.

 

MARTHA: (sorrindo) Vai sonhando.

 

Ela se desloca e sai. Nicole balança a cabeça, indignada. Seus olhos encontram Gil, que ostenta um sorriso zombador. Nicole pega o pano de prato de uma das mesas, lançando-o em um arco repentino na direção dele. O pano voa, atingindo o rosto de Gil.

 

 

Floricultura. Helen está na parte de dentro, regando algumas flores com um borrifador de água. Gustavo aparece.

 

::. “Let's Make This Moment A Crime” - The Format (cont.)

 

GUSTAVO: Se não fosse minha melhor amiga, gostaria de ouvir “Não é sempre que se vê uma flor regando outra”?

 

HELEN: Até eu que sou bastante romântica detestaria ouvir uma cantada tão terrível como essa.

 

GUSTAVO: Imaginei. Por isso foi bom testar antes... (olha em volta) Cadê a dona do estabelecimento?

 

HELEN: (sorrindo) Bem aqui, filha da dona, doninha é.

 

GUSTAVO: Tô falando da big Boss. A super Marcia.

 

HELEN: Deve ter ido almoçar com o namorado.

 

GUSTAVO: Sua mãe está namorando? Quem é o cara?

 

HELEN: Ainda não sei quem é... Na verdade eu peguei no ar algo que ela deixou escapar. A coitada pensa que eu posso ficar chateada por ela estar namorando... Coisa de mãe nova no ramo, insegura (sorri).

 

GUSTAVO: Quem diria, a mãe da Helen arrumou um sapato para o pé, e daqui a pouco até a dona Rosa vai encontrar um cravinho para ela... E eu, bom, sem amor, sozinho, sem ninguém.

 

HELEN: (fazendo voz de criança) Tadinho, tá carente, tá bebê?

 

GUSTAVO: (sério) Helen, já disse que odeio quando você imita criança.

 

HELEN: (rindo) O Cláudio gosta.

 

GUSTAVO: Claro que gosta... Até se você usar cuecas ele vai gostar.

 

HELEN: (fazendo cara de nojo) Nunca mais repita isso... Eca.

 

GUSTAVO: Agora, quando a rotina começar a tomar conta, até o som da sua voz será irritante.

 

HELEN: Certo, expert em namoros... Está carente assim por causa da chatolina, né?

 

GUSTAVO: Nossa, obrigado por perguntar como anda o meu coração... Porque ultimamente o que só ouço é Claudinho pra cá, Claudinho pra lá, e dane-se as amizades do peito.

 

HELEN: Eu sabia que tinha alguma coisa... Vamos lá, sou toda sua.

 

GUSTAVO: Tá, eu confesso, estou carente... Na verdade, sei que aquela peste maligna é chata, rabugenta, metida, fresca, não tem amigos e não liga para ter... (respira fundo) Mas o que eu posso fazer? Eu gosto dela.

 

HELEN: Jesus, é uma droga gostar de alguém assim... Mas quem sabe ela não esteja apenas fazendo jogo duro, hein?

 

GUSTAVO: Só se tiver fazendo o jogo duro do duro do mais duro. Mas você sabe como funciona, eu vou me cansar eventualmente, e ela vai correr atrás de mim.

 

HELEN: Tomara que esse dia chegue logo... Prefiro mil vezes você destilando seus venenos em nossas vidas, do que se lamentando por quem não merece.

 

Gustavo sorri para ela. Helen passa a mão no cabelo dele e faz beicinho. Gustavo segura o riso.

 

GUSTAVO: Para de fazer carinha de bebê... Você é fofa, irritante, mas fofa.

 

HELEN: (rindo) Eu sei que sou... E chega de lamentações, okay? Puxa, convenhamos, Gu, tanta garota por aí e você fica assim por causa da Nicole? (pensativa) O que pensando agora é até justificável que se jogue de cabeça, já que é o único jogador que não pega ninguém... (ri outra vez).

 

GUSTAVO: Muito melhor ter um jeito puritano como o meu, do que ser rotulado por só pegar jogadores.

 

Helen abre bem os olhos, indignada. Ela pega o borrifador e espirra água nele, que se afasta, tentando se proteger.

 

HELEN: (avançado e espirrando água) Diz qual é o rótulo se tiver coragem, diz...

 

GUSTAVO: (rindo e pegando outro borrifador) É guerra que você quer? Então toma aqui! (espirra água nela) Maria chuteira.

 

HELEN: (espirrando água nele) É mesmo “senhor chupa dedo”? Não pega ninguém.

 

Eles continuam espirrando água um no outro, rindo e tentando se proteger. O som toma conta da cena. A Câmera se afasta até o portão da floricultura, parando, mas ainda mostrando os dois guerreando com água.

 

 

Casa de Amanda. Nathalia está no quarto passando a mão na barriguinha do neném que está dentada na cama. Amanda aparece com várias sacolas nas mãos.

 

::. “Crazy Girls” - Bethany Joy Lenz

 

AMANDA: (feliz, se aproximando da criança) Oi coisa mais “dotosa” da titia... Trouxe muitas roupinhas para a minha sobrinha predileta.

 

NATHALIA: De novo, Amanda? Já imagino o quão mimada e vaidosa a Lily vai ser quando tiver um pouquinho mais de idade.

 

AMANDA: Ela vai ser o arrasta quarteirões da cidade... Assim como a tia.

 

NATHALIA: (sorrindo) E cheia de si também... Mas fico muito feliz em te ver assim, empolgada com a minha filha. Temi que isso não acontecesse.

 

AMANDA: Fala sério, com uma carinha tão linda como essa, tem como não se apaixonar?

 

Amanda se ajoelha na cama e pega o bracinho da criança, cheirando a beijando carinhosamente a mãozinha dela. Nathalia sorri, admirada.

 

NATHALIA: Tá tudo tão bom, que às vezes esqueço que o pior ainda vai passar pela porta... E se eles não amolecerem nem com ela?

 

AMANDA: Já disse para você não se preocupar com isso. Eu estarei com vocês não importa o que aconteça. Nem que nós três tenhamos que procurar outro lugar para viver.

 

NATHALIA: (sorrindo) Embaixo da ponte?

 

AMANDA: Meu amor, eu sou adorada por aqui, lugar para nos acolher não faltará... Mas não vamos pensar no pior, okay? Vai dar tudo certo, confie em mim.

 

Amanda levanta e vai até o guarda-roupas, tira algumas peças e fica olhando-as.

 

NATHALIA: Algo especial para hoje à noite?

 

AMANDA: Aham, nós duas vamos sair para descontrair um pouco.

 

NATHALIA: Eu não sei, não estou muito em clima de festejo... E não queria expor a Lily já.

 

AMANDA: Concordo, por isso a Dinda vai ficar com ela.

 

NATHALIA: (pensativa) Você está falando da babá que cuidou de mim e depois de você? Ela ainda está viva?

 

AMANDA: (indignada) Como pode perguntar uma coisa dessas? É claro que a Dinda está viva... A Dinda nunca vai morrer. Eu vou ligar para ela, e você sem mais desculpas.

 

Amanda sai do quarto. Nathalia fica pensativa por alguns instantes, depois se volta para a criança, sorrindo para ela.

 

NATHALIA: Pelo jeito até seus filhos conhecerão a Dinda.

 

Close na carinha da criança que está sorrindo. Nathalia se inclina e beija carinhosamente a testa dela, e deita ao seu lado. A tela escurece.

 

 

Cozinha da casa de Roger. Vera e Arthur estão sentados à mesa. Cada um está com prato cheio na frente.

 

ARTHUR: Você precisa se alimentar, Vera.

 

VERA: Não estou com fome...

 

ARTHUR: (abaixando o garfo) Nem eu... É difícil ingerir alguma coisa, com o nosso filho lá naquele hospital.

 

VERA: (após alguns segundos) Falando nisso, já pensou como vai ser quando ele acordar? Digo, nós dois?

 

ARTHUR: Como assim?

 

VERA: Eu não sei, é obvio que não estamos bem... E sinceramente, Arthur, eu não sei se vou conseguir.

 

ARTHUR: Você não pode querer jogar toda a culpa em mim pelo resto da vida, Vera. Eu tenho minhas responsabilidades, e há coisas que vou ter que carregar eternamente. Mas nós precisamos arrumar um jeito de seguir em frente.

 

VERA: (após alguns segundos) Mas talvez não como casal... Não juntos.

 

A câmera dá um close no rosto de Arthur que se mostra completamente abatido. Ele acena de leve com a cabeça e levanta.

 

ARTHUR: Está bem... Eu tentei, eu juro que tentei. Mas estou prestes a entregar os pontos de vez... Você venceu, Vera.

 

Ele sai da cozinha. Vera expressa arrependimento. Ela ameaça levantar, mas para e coloca as mãos no rosto, transtornada.

 

 

Vista externa do restaurante/bar da família de Nicole. É noite. Na entrada é possível ver uma pequena fila de jovens. Amanda e Nathalia se aproximam da fila, parando.

 

NATHALIA: Estou um pouco preocupada em ter deixado a Tammy com a Dinda. Ela riu de algo na TV que estava desligada.

 

AMANDA: (rindo) Relaxa, ela pode estar com alguns neurônios falhando, mas em matéria de cuidar de crianças, confio muito mais na Dinda do que nossa própria mãe.

 

NATHALIA: (sorrindo) Você precisa deixar essa mágoa com nossos pais para trás.

 

Ouve-se um barulho de moto parando. A imagem abre e mostra Larissa e Clayton descendo do veículo. Volta para Amanda e Nathalia que observam os dois que se aproximam da fila.

 

NATHALIA: Essa não é a sua...

 

AMANDA: (interrompendo) Não é mais... (se vira para Larissa) Andar com quem não presta é tudo o que você realmente precisa neste momento.

 

LARISSA: Por quê? Por causa da influência? Isso não me preocupa, já que andei a vida inteira com você e nem por isso virei uma vadia que a cidade inteira comeu.

 

AMANDA: Algumas pessoas se esforçam para mudar, já você adora cavar ainda mais o poço.

 

LARISSA: (para Nathalia, sorrindo) Olá, tudo bem? Nathalia não é? (para Amanda) Essa não é a irmã que você vivia dizendo que odiava e que graças a Deus havia se mudando para bem longe?

 

Clayton começa a rir. Amanda fica boquiaberta. Larissa sorri em tom provocativo.

 

LARISSA: Com licença, a fila começou a andar.

 

Ela pega na mão de Clayton e ambos entram no bar. Amanda olha para Nathalia, sem jeito.

 

AMANDA: Eu disse aquelas coisas antes de sua última vista.

 

NATHALIA: (sorrindo) Não se preocupe com isso... (a abraça) Vem, vamos entrar.

 

 

Corta para dentro do bar. A câmera passeia pelo local que está bastante cheio. As mesas estão do lado esquerdo, deixando o centro livre, onde jovens estão dançando. A câmera gira até uma das mesas, onde Cláudio e Helen estão sentados e abraçados.

 

::. “Hello” - Hawk Nelson

 

CLÁUDIO: Quem diria que o Gil um dia organizaria algo assim com tanta empolgação?

 

HELEN: Pois é... Quem diria que um dia ele viraria gente?

 

CLÁUDIO: (rindo) Que maldade... Mas eu também pensava que o Léo não podia virar gente e olha no que deu.

 

HELEN: (sorrindo) Mas esse é efeito Helen. Todos mudam.

 

CLÁUDIO: (sorrindo) E o que você precisa consertar em mim?

 

HELEN: (sorrindo) Ainda estou pensando em algumas coisas.

 

Cláudio ri e depois dá um selinho demorado nela. A câmera gira até a porta onde Clayton e Larissa aparecem entrando.

 

CLAYTON: Me tire uma dúvida... Você me trouxe aqui por quê?

 

LARISSA: Pra provocar essas pessoas.

 

CLAYTON: Direta e reta... (ri) Gostei. Prometo fazer o possível para superar as expectativas.

 

LARISSA: (sorrindo) Fantástico. Então me puxa até a pista, dance, sorria, e até deixo que segure na minha cintura.

 

Clayton morde os lábios e a puxa. A câmera gira até o balcão onde Gil, do lado de dentro, conversa com Priscila do lado de fora.

 

GIL: Pri, eu não tenho como agradecer por você ter convidado esse pessoal todo.

 

PRISCILA: (sorrindo) Vamos, organizar festas é uma de minhas maiores especialidades.

 

Felipe se aproxima e abraça por trás. Priscila se mostra ainda mais feliz.

 

FELIPE: Essa garota é que nem Bombril, mil e uma utilidades.

 

Gil ri. Nicole aparece do lado de dentro e se posiciona ao lado de Gil.

 

NICOLE: Tenho que reconhecer... Bom trabalho, garçom.

 

GIL: Me sinto feliz, especialmente vindo de você que contava com o meu fracasso. (para Felipe e Priscila) Talvez esteja descobrindo minha vocação.

 

NICOLE: Nossa, é uma visão muito otimista e futurista. Tenho pena de sua futura esposa.

 

George aparece e caminha até o caixa.

 

GEORGE: Qual o problema em ser dono de bar?

 

NICOLE: Não teria problema nenhum se fosse algo chique e lucrativo... Vocês não acham que toda noite será assim, acham?

 

GEORGE: Eu estou otimista. No futuro podemos até ampliar tudo. Se vier metade disso aqui ainda é muito mais do que vinha. Logo vamos ter que contratar mais pessoas, pois as que estão aqui não vão conseguir dar conta do movimento.

 

NICOLE: Meu Deus, isso que é agir por impulso... Na verdade, agir por impulso é uma especialidade sua, hã, hã?

 

Nicole faz sinal de tiro com a mão. George balança a cabeça, em reprovação.

 

GEORGE: Estou tão feliz que nem vou me dar o trabalho de me irritar com você... (começa a andar) Vem.

 

NICOLE: Pra onde?

 

GEORGE: Estamos precisando de você aqui no balcão.

 

NICOLE: Você está brincando, certo? Eu nunca vou trabalhar aqui.

 

GEORGE: Que pena, a gorjeta é gorda no final. Bem maior que a sua mesada.

 

Ele sorri e sai. Nicole fica pensativa e depois vai atrás.

 

NICOLE: De quanto estamos falando?

 

 

Corta para Clayton e Larissa dançando. Ele pega na cintura dela, sorrindo em tom exagerado, ao mesmo tempo em que beija o pescoço dela, que fecha os olhos e morde os lábios. A imagem se afasta para a mesa em que Cláudio e Helen estão, agora com Amanda e Nathalia também. Todos observam a cena.

 

::. “Hello” - Hawk Nelson (cont.)

 

CLÁUDIO: Ela tem noção da encrenca em que está se metendo?

 

AMANDA: Claro que tem, por isso mesmo ela está fazendo isso.

 

NATHALIA: Não está nem um pouco preocupada? Vocês eram tão grudadas.

 

AMANDA: Ela não é problema meu.

 

HELEN: (para Cláudio, incomodada) Nem seu.

 

Cláudio a olha e concorda com a cabeça. Depois volta a olhar para Larissa e Clayton. Helen se mostra ainda mais incomodada.

 

 

Balcão. Nicole atente as pessoas apressadamente. Gustavo aparece do lado de fora.

 

GUSTAVO: Isso que estou vendo é sério ou tomei gardenal sem querer?

 

NICOLE: Não estou com tempo para paiadinhas... Preciso atender essas pessoas.

 

GUSTAVO: Então é mesmo sério? Castigo? O que você fez?

 

Nicole dá uma rápida olhada nele e entorta a boca. Gil aparece apressadamente e vai atender outras pessoas.

 

GUSTAVO: Hei cara, foi mal pelo soco naquele dia.

 

GIL: Claro, sem problemas... Mas você não me deu nenhum soco.

 

GUSTAVO: Não dei? Jurava que a gente tinha saído no braço. Por que será que eu fiquei com hematomas no outro dia?

 

NICOLE: Provavelmente você deve ter desmaiado e batido com a cabeça na mesa de bilhar... Pena que não foi dentro da piscina.

 

GUSTAVO: Uau, ainda está com raiva de mim, presumo... O que eu posso fazer para me desculpar?

 

NICOLE: (pensativa) Vem aqui ficar do meu ladinho.

 

GUSTAVO: (rindo) Certo...

 

NICOLE: Não estou brincando.

 

GUSTAVO: (parando de rir) Está falando sério? Quer que eu fique mesmo do seu ladinho?

 

Nicole sorri e balança a cabeça em sinal de “sim”. Gustavo imediatamente pula o balcão.

 

GUSTAVO: (animado) Então?

 

NICOLE: Atende aquelas pessoas ali.

 

GUSTAVO: Atender aquelas pessoas?

 

NICOLE: Você perguntou o que poderia fazer para se desculpar... Aí está sua chance. Não demora.

 

Ela coloca um pano no ombro dele e se desloca. Gustavo permanece parado. Gil ri e toca o ombro dele.

 

GIL: Nenhum agrado feminino é de graça.

 

NICOLE: (chamando a atenção de Gustavo) Vem logo, Gustavo!

 

GUSTAVO: (respirando fundo) Já estou indo, mulher!

 

 

Quarto de Arthur e Vera. Arthur está sentado na cama, entristecido. Vera entra no quarto e caminha lentamente até ele, sentando ao seu lado.

 

ARTHUR: O que está acontecendo com a gente? Era o momento de tentarmos nos unir... Lembra? Na saúde, na doença, na alegria e na dor. Em todos os momentos.

 

VERA: Eu sei que tenho sido muito dura com você nos últimos tempos... Mas tente entender o meu lado.

 

ARTHUR: Eu entendo... Mas já parou para pensar que já estou pagando um alto preço por tudo o que aconteceu? Toda vez que eu acordo, vou dormir, no decorrer do dia, da noite, e pelo resto de minha vida, eu sempre vou lembrar como agi naquele dia no carro. Se não fosse por mim, você não teria ficado doente, o Roger ainda estaria conosco. Ainda seríamos uma família feliz, com o nosso pequeno no colo. (com os olhos cheios de lágrimas) É algo que aperta o meu peito o tempo todo, e ainda preciso presenciar seu olhar de condenação... Eu tento me fazer de forte, mas estou a ponto de explodir.

 

Ele suspira e abaixa a cabeça, limpando as lágrimas dos olhos. Vera começa a chorar. Arthur levanta a cabeça, olhando-a com preocupação.

 

VERA: (chorando) Nada disso é sua culpa... Se tem alguém que merece esse rótulo, sou eu. Se eu tivesse te escutado, cumprido todas as normas do doutor... (soluça) Se eu tivesse seguido as regras, aquele dia não teria acontecido. Não percebe que eu precisava jogar a culpa em alguém para tentar aliviar o meu próprio sentimento de culpa? É minha culpa, Arthur... É minha culpa.

 

Ela chora com ainda mais dor. Arthur não consegue segurar as lágrimas e abraça forte.

 

ARTHUR: (com dor) Não é sua culpa, meu amor... Aconteceu.

 

VERA: (chorando) Sinto muito... Eu sinto muito.

 

Arthur fecha os olhos e a aperta com mais força. A câmera começa a se afastar lentamente, parando na porta. Após alguns segundos, a tela escurece.

 

 

Restaurante/bar. Close na mesa onde Helen, Amanda e Nathalia estão. Gil aparece.

 

::. “Hate” - Plain White T’s

 

GIL: (sorrindo) E então meninas, estão se divertindo?

 

AMANDA: Está tudo ótimo, Gil. Parabéns.

 

Ele sorri e acena com a cabeça. Depois troca olhares com Nathalia, que se mostra um pouco incomodada.

 

AMANDA: Deixa eu te apresentar... Essa a minha...

 

GIL: (cortando) Nathalia... Oi.

 

NATHALIA: Ah, oi...

 

Ela faz sinal com a testa, como se estivesse tentando lembrar o nome. Gil franze as sobrancelhas.

 

GIL: Gil.

 

NATHALIA: (sorrindo) Claro, Gil... Como vai?

 

AMANDA: Como sabe o nome dela?

 

NATHALIA: (sorrindo) Todos os seus amigos devem saber o nome da irmã que você queria longe... (levanta) Eu vou ao banheiro. Foi um prazer...

 

Novamente ela faz sinal de que está tentando se lembrar. Gil se mostra confuso.

 

GIL: Gil.

 

NATHALIA: Três letrinhas... Prometo não esquecer mais.

 

Ela sai. Gil a acompanha com o olhar, se mostrando ainda mais confuso. Amanda percebe e balança a cabeça, em reprovação.

 

AMANDA: Hei, psiu, tire os olhos. Eu te conheço muito bem.

 

GIL: (sorrindo) Eu vou estar ali atrás do balcão... Qualquer coisa podem me chamar.

 

Ele sai. A câmera se posiciona atrás de Helen. Ela está olhando para a Clayton que está sozinho na mesa. Close no rosto dela que respira fundo.

 

 

Corta para uma porta com uma placa escrito “Toalete” e um símbolo feminino. A porta abre e Larissa sai andando por um corredor. Cláudio caminha pelo mesmo corredor, mas na direção contrária. Ele para ao vê-la, mas ela o ignora. Ele vira na direção dela e abre a boca para falar, mas antes Larissa para e vira na direção dele, falando primeiro.

 

LARISSA: Eu estou bem.

 

CLÁUDIO: (caminhando até ela) Se está bem, por que está andando com aquele idiota?

 

LARISSA: E qual é o problema? Desde quando você se preocupa com quem eu ando ou deixo de andar? Desde o restaurante você nem me olha direito.

 

CLÁUDIO: Mas alguma coisa me diz que essa loucura vai acabar resvalando em nós aqui.

 

LARISSA: (esboçando um leve riso) Isso é problema seus. Eu não estou nem aí pra vocês.

 

Ela se vira e volta a andar, saindo do corredor. Cláudio bufa e vai atrás.

 

CLÁUDIO: Quando você vai amadurecer de verdade? E quantas vezes será preciso quebrar a cara para aprender alguma coisa?

 

Ela para e se vira para ele, nervosa.

 

LARISSA: Quantas vezes forem necessárias. Coloca uma coisa na sua cabeça, a vida é minha, e a partir do momento em que você resolveu me excluir de sua vida, perdeu o total direito de me dar algum conselho... (sorri e balança a cabeça) Cláudio, Cláudio... Você e sua mania de herói quase me perdeu uma vez. Cuidado para não repetir a dose.

 

Ela olha para o lado e dá um tchauzinho e um sorriso irônico. Cláudio olha na mesma direção. Close em Helen na mesa, olhando-os com seriedade. Larissa pisca para ele e sai. Cláudio volta a olhar para Helen, preocupado.

 

 

Balcão. Nathalia se aproxima e senta em uma cadeira.

 

NATHALIA: Uma soda, por favor.

 

Close na latinha sendo colocada na mesa. A imagem sobe, mostrando o rosto de Gil.

 

GIL: Por que fingiu que nunca tinha me visto antes?

 

NATHALIA: Porque teoricamente nós não nos conhecemos...

 

GIL: Por quê?

 

NATHALIA: Ouça, demorou muito para que Amanda e eu pudéssemos ter algum tipo de relacionamento amigável. Não quero estragar tudo relembrando coisas de dois anos atrás.

 

GIL: Que besteira... Amanda e eu nem namorávamos na época.

 

NATHALIA: Mas você saia diversas vezes do quarto dela no meio da noite. Alguma coisa vocês eram. Ela nunca ia aceitar o que aconteceu entre nós... Então continue fingindo que somos estranhos, que tudo ficará bem.

 

Ela pega o refrigerante e sai. Gil a acompanha com o olhar, frustrado.

 

 

A câmera segue Felipe passeando pelas mesas. Ao passar pela mesa em que Larissa e Clayton estão, este último chama-lhe a atenção.

 

CLAYTON: (falando alto) Felipe, Felipe... Ainda não conseguiu sair do colegial?

 

Felipe para e ergue os olhos. Em seguida se vira e vai na direção dele.

 

FELIPE: Mesmo que eu permaneça por mais três anos no colegial, ainda assim será por menos tempo que você passou.

 

CLAYTON: (sorrindo) Estou brincando, brother... Vocês aqui de Bom Destino são bem descontrolados emocionalmente. Se pilham com muita facilidade.

 

Felipe sorri e puxa uma cadeira, sentando de frente para eles. Ele olha para Larissa.

 

FELIPE: Bela forma de chamar atenção. Facinho, facinho, você vai reconquistar a simpatia de todos.

 

LARISSA: (revirando os olhos) Eu vou pegar uma bebida.

 

Ela levanta e sai. Felipe e Clayton se encaram.

 

FELIPE: Aqui não é a sua praia. 

 

CLAYTON: Não existe lei que me proíba de frequentar este lugar.

 

FELIPE: Pode não existir, mas não me lembro de ninguém daqui ter se dado bem se aventurando em sua cidade. 

 

CLAYTON: Relaxa, aquilo foi na época do colégio, coisa boba de times rivais.

 

FELIPE: Infelizmente eu te conheço bem, pra saber que não está dizendo a verdade.

 

CLAYTON: Essa má recepção toda é por causa de nossos times, ou ainda guarda mágoas por eu ter pegado a sua garota? Posso te garantir friamente que eu não fui o único com quem ela te traiu. Posso até te passar uma lista de cor... Você quer?

 

FELIPE: Eu não me importo com aquela vagabunda, nem gostava dela de verdade.

 

CLAYTON: Bom, se não é isso, não existe motivos para sermos inimigos. Tirando a rivalidade dos times, estou em paz com tudo e com todos.

 

FELIPE: Aham, acredito.

 

Ele levanta e se vira. Clayton sorri e continua encarando-o.

 

CLAYTON: Estou torcendo muito pelos Gladiadores, sabe? Se nos enfrentarmos na final, seria uma grande oportunidade de revanche por conta do ano passado. Espero que seja outro encontro de matar.

 

Ele começa a rir. A câmera dá um close rápido no rosto de Felipe que enfurecido parte para cima de Clayton, levantando-o pela camisa.

 

FELIPE: (furioso) Quer fazer piadinhas? Então faça com isso.

 

Ele levanta o braço e fecha a mão para socá-lo, mas antes de acertar, Gil o segura.

 

GIL: (segurando Felipe) Por favor, brother... Aqui não.

 

Larissa aparece. As pessoas se amontoam em volta, entre eles, Cláudio e Gustavo.

 

LARISSA: Larga ele, Felipe.

 

Felipe solta Clayton e levanta as mãos. Gil se afasta.

 

FELIPE: Okay, okay... (aponta o dedo para Clayton) Mas se ousar fazer qualquer outra piadinha envolvendo o nosso ex-treinador, eu juro que ninguém vai conseguir me impedir de quebrar a sua cara.

 

CLAYTON: Eu não fiz piadinha nenhuma, você que se precipitou achando que eu fiz... Mas eu vou me calar, entendo que é mais fácil parecer homem perto de todos os amigos.

 

FELIPE: Eu sou homem em qualquer lugar, diferente de você, que sempre agiu em bando... Agora, sai fora... (para Larissa) E se quiser continuar agindo feito criança, que faça bem longe daqui.

 

Ele balança a cabeça, em reprovação, saindo de cena em seguida. Larissa olha em volta, observando as pessoas encarando-a. Ela pega no braço de Clayton e o conduz para fora.

 

 

Corta para um dedo dando dois toques no microfone. A imagem abre mostrando Gil no palco.

 

GIL: Bom, não seria uma festa em Bom Destino, se não tivesse alguma confusão, não é mesmo? Então para acalmar um pouco os ânimos, uma música para os casais dançarem abraçadinhos. E não vão embora porque a noite está só começando.

 

Ele sorri e sai do palco. Alguns casais vão ao centro e começam a dançar abraçados, entre eles, Cláudio e Helen, esta última visivelmente séria. Cláudio a encara por alguns segundos.

 

::. “Find Your Way Back Home” - Dishwalla

 

CLÁUDIO: Eu sei, está chateada comigo.

 

HELEN: (sarcástica) Nossa, como você é bom de percepção.

 

CLÁUDIO: Vamos, Helen... Eu apenas tentei conversar com ela.

 

HELEN: Se fosse qualquer outra garota, eu até entenderia. Mas a Larissa? Ela é reincidente nessas coisas e tem idade suficiente para saber com quem anda.

 

CLÁUDIO: (sorrindo) Foi quase a mesma coisa que ela me disse quando ainda namorávamos e eu me preocupava com você.

 

HELEN: Mas a diferença é que você não tinha um passado romântico comigo. Pode ser questionável a forma como eu agia, mas tinha um porquê. Já ela, age apenas para chamar a atenção, especialmente a sua.

 

CLÁUDIO: (após alguns segundos) Me desculpa.

 

Ele beija levemente os lábios dela, depois a abraça mais forte. A câmera sobe e mostra os casais dançando por breves instantes, depois corta para Priscila e Felipe também dançando.

 

PRISCILA: Você está bem?

 

FELIPE: (sorrindo) Agora estou.

 

PRISCILA: É tão raro te ver perder o controle... Mas posso confessar uma coisa? Te achei tão sexy bravinho.

 

FELIPE: (subindo e descendo as sobrancelhas) Hum, isso seria algum convite para perdição? 

 

PRISCILA: (sorrindo maliciosamente) Talvez.

 

FELIPE: Eu vou pedir a conta.

 

Priscila ri. A câmera corta para Amanda e Nathalia que se deslocam para sair. Elas passam perto do balcão onde Gil está.

 

AMANDA: Até mais, Gil.

 

GIL: (sorrindo) Obrigado por terem vindo... E foi um prazer te conhecer, Nathalia.

 

Nathalia sorri meio constrangida e acena com a cabeça, saindo em seguida. Close em Gil que acompanha com o olhar. 

 

 

Frente da portaria de um prédio. Larissa e Clayton estão parados perto da calçada. Ele está encostado na moto, enquanto Larissa está de frente para ele.

 

::. “Find Your Way Back Home” - Dishwalla (cont.)

 

CLAYTON: Está entregue com segurança... Viu, andar comigo não é tão ruim assim.

 

LARISSA: É, eu pensei que fosse pior. Te usei para provocar aquela gente, mas acabei gostando um pouquinho da companhia.

 

CLAYTON: Sinal que estou no caminho certo então... E que tal começar a ficar comigo, sem ninguém por perto?

 

Eles se encaram por alguns segundos. Depois Larissa sorri e se aproxima, beijando-o.

 

CLAYTON: (ofegante) Uau! Foi melhor do que eu pensei.

 

LARISSA: Quer subir?

 

CLAYTON: E ainda pergunta?

 

Larissa sorri outra vez e segura na mão dele. A câmera sobe, mostrando-os caminhando até o portão.

 

 

Casa de Roger. Temos a visão de Vera deitada na cama, dormindo. Ao seu lado, sentado na cama, está Arthur. Ele a encara por alguns segundos. Depois, se inclina e beija carinhosamente o rosto dela, levantando em seguida e saindo do quarto. A câmera permanece no rosto de Vera até a imagem transparecer.

 

 

Uma rua. Cláudio e Helen caminham de mãos dadas, em silêncio. Eles param perto da casa de Helen e ficam de frente um para o outro.

 

::. “Find Your Way Back Home” - Dishwalla (cont.)

 

CLÁUDIO: Estamos bem, não estamos?

 

HELEN: Sim, estamos sim.

 

CLÁUDIO: Eu sei que tenho essa mania de protetor, de herói, mas prometo que não vou deixar que isso atrapalhe o nosso namoro. Você está coberta de razão em tudo o que disse.

 

Helen concorda com a cabeça. Cláudio se aproxima e beija carinhosamente os lábios dela. Depois, eles se afastam e Helen sorri levemente.

 

HELEN: Até amanhã.

 

CLÁUDIO: Até amanhã.

 

Ela se vira e começa a andar até a varanda da casa. Cláudio fica observando-a.

 

CLÁUDIO: (em off) Muitas pessoas confundem a emoção da preocupação com a emoção do amor. Acham que preocupando-se significa que estão amando. Mas muitas vezes, se preocupar está no extinto de alguém, e é difícil deixar.

 

Corta para um ângulo aéreo. Cláudio começa a caminhar devagar pela calçada. Depois a câmera sobe até o céu estrelado, que aos poucos começa a amanhecer.

 

 

Frente do restaurante/bar da família da Nicole. Ainda ao som da mesma música vemos George colocando na vidraça uma folha com os dizeres “Estamos contratando”. A câmera começa a se afastar, passando pelo outro lado da rua e mostrando um rapaz [John Patrick Amedori] olhando para o estabelecimento. Corta para o seu rosto sério. A música cessa, dando lugar a um instrumental mais sombrio. Segundos depois, a tela escurece.

 

 

 

 

  

 

 CREDITOS FINAIS:

 

CRIADO E ESCRITO POR:

 

Thiago Monteiro

 

PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS

 

Stephen Colletti como Clayton

Terri J. Vaughn como Martha

Aaron Eckhart como George

John Patrick Amedori como Moises

 

MÚSICA TEMA

 

“Meant To Live” - Switchfoot

 

TRILHA SONORA

 

“I Wish You Would” - Train 

“Let's Make This Moment A Crime” - The Format 

“Crazy Girls” - Bethany Joy Lenz 

“Hello” - Hawk Nelson 

“Hate” - Plain White T's 

“Find Your Way Back Home” - Dishwalla 

 

Copyright © 2007 

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